terça-feira, 21 de agosto de 2012

"Mulheres saibam a diferença entre estar apaixonada e estar sofrendo. Chorar é algo que se faz em casamentos e funerais e não nas noites de sábado. Há uma enorme diferença entre ele estar passando por uma fase difícil e você estar sendo deixada de lado. Se você continua amando alguém que a está magoando, um dia você não estará mais se amando.O ciume não é o melhor termômetro para medir os sentimen
tos ou as intenções de um homem. Como diria um salva-vidas: se você tentar salvar um homem que está se afogando, corre o risco de afundar com ele. Há limite para o volume de dor e de ansiedade que qualquer homem merece. Raiva+Ansiedade+Sofrimento#Felicidade. Se dói, provavelmente não é bom para você. E nunca culpe as mulheres do passado de um homem até ter bastante conhecimento de todos os fatos." (Carter & Sokol)...

domingo, 12 de agosto de 2012

O rancor reforça o desejo de vingança, como acontece com Nina, em Avenida Brasil


Psicóloga explica quando esse sentimento pode ser sinal de desequílibrio e virar uma doença

Roberta Benzati | roberta.benzati@an.com.br
No dia em que Nina ressurgiu das cinzas para a tão aguardada vingança sobre Carminha, a novela Avenida Brasil bateu recordes de audiência.

Todo mundo esperava a revanche da mocinha da história. Mas será que os telespectadores que acompanham a saga da garotinha abandonada no lixão aprovam a conduta que a personagem adotou ultimamente?

A psicóloga joinvilense Cleonice de Fatima Andrade, especialista em terapia cognitivo-comportamental, fala sobre quando esse sentimento pode se tornar doença.
Anexo D — O que pode originar o desejo de vingança?
Cleonice Andrade —
 O desejo de vingança vai se intensificando nas pessoas que costumam guardar mágoas e rancores. Quando esses sentimentos não são amenizados e trabalhados, a raiva cresce, estimulada por pensamentos repetitivos dos acontecimentos que as feriram no passado ou ainda ferem. A raiva intensa faz os indivíduos distorcerem a realidade de forma catastrófica e se desequilibrarem, levando-os a concluir que precisam dar um basta nos comportamentos inadequados do inimigo, até mesmo para se defender e garantir que não se repita com mais ninguém.
Anexo D — Quais são as consequências disso?
Cleonice —
 Quando a raiva é muito intensa, podemos perder o autocontrole, tanto das palavras, quanto das ações. O desejo de vingança surge de indivíduos vulneráveis, apesar de o portador desse sentimento sentir-se superior naquele momento. No fundo, há uma grande fragilidade com um baixo limiar de frustrações. Uma pessoa vulnerável acredita que o pior vai acontecer e não há nada que ela possa fazer. Por isso, fica na defensiva nesses períodos.
Anexo D — O desejo de vingança pode ser considerado normal?
Cleonice —
 Existe uma diferença entre o pensar e o agir. Não temos como impedir que os pensamentos venham à mente, mas podemos controlar nossos comportamentos. Então, é normal que algumas pessoas, em momentos de ódio, tenham pensamentos destrutivos em relação ao alvo, é nosso instinto tentarmos nos defender de quem possa nos prejudicar. Porém, pensamentos não são atos. É a ação que faz as pessoas desenvolverem uma patologia, e não podemos considerar normal um comportamento agressivo, tanto físico, quanto psicológico. A partir do momento em que essas vinganças são planejadas com todo o cuidado e racionalidade, podemos dizer que são escolhas conscientes de fazer maldade a alguém, e isso sim é sinal de transtorno mental.
Anexo D — O que esse sentimento pode desencadear? Quais tipos de problemas físicos e emocionais?
Cleonice —
 Podemos dizer que a vingança faz parte de um dos sintomas, que pode pertencer a vários transtornos mentais, como psicopatia, personalidade paranoica e transtorno de conduta, entre outros.
Anexo D — Como vencê-lo?
Cleonice —
 Essas pessoas precisam de tratamento. Existem medicamentos associados à psicoterapia que podem amenizar bastante, com exceção da psicopatia, que é um caso bem diferente, pois não há cura. Como a vingança vem da raiva e das mágoas, é possível tratar a dor e o sofrimento dessas pessoas para que o pior não aconteça. Mas o indivíduo precisa se conscientizar do quanto danoso pode ser esse sentimento e fazer um treinamento para reduzir raiva, trabalhar suas mágoas e amenizar os rancores.
Anexo D — Existe um perfil de pessoas vingativas?
Cleonice —
 As pessoas vingativas são frágeis, não sabem perder, têm um baixo limite de frustrações e se magoam com facilidade. Mesmo aquelas que se apresentam como autoritárias e superiores, no fundo há vulnerabilidade e sentimento de inferioridade. São pessoas inflexíveis, que pensam em termos de "deve, tem que ser assim", não admitem passar vergonha, inadequação, culpa ou qualquer outro sentimento desagradável.
Anexo D — O desejo de vingança pode ser importante para a autopreservação?
Cleonice —
 Desejo de vingança faz parte do ser humano. Quem nunca se imaginou agredindo um rival? Esse desejo intenso de vingança aparece quando estamos vulneráveis, com medo, indefesos e com raiva. A maioria das pessoas consegue lidar com isso de uma forma funcional. Se esse sentimento é útil? O desejo de vingança se origina da raiva excessiva e isso é sinal de desequilíbrio. Acredito que pode servir como um aviso de que tem algo de errado acontecendo dentro de si, um alerta, um pedido de socorro para se fortalecer emocionalmente. O indivíduo deve aprender formas diferentes de liberar sua raiva e procurar ajuda. O segredo é ter boa estrutura emocional.
Anexo D — É possível transformar esse impulso primitivo em algo positivo?
Cleonice —
 A vingança não é um sinal de equilíbrio e sanidade. Portanto, não podemos considerá-la positiva. Essas pessoas sentem-se constantemente injustiçadas e tendem a vivenciar muitas frustrações. Se há pensamentos constantes de vingança, é importante conversar com um profissional. Não temos como nos livrar da raiva que causa esse desejo de vingança porque é natural no ser humano, trata-se de um sentimento. A raiva pode nos dar mais energia e nos proteger contra injustiças, mas ela deve ser controlada. É importante questionarmos se esse sentimento está dentro dos limites

Fonte: Jornal A Noticia...
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