terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Terapia cognitivo comportamental ajudou 46% dos participantes de um estudo a reduzirem pelo menos 50% de seus sintomas depressivos, em artigo do The Lancet




A depressão deve tornar-se a principal causa de incapacidade nos países de alta renda, em 2030. Atualmente, apenas um terço dos pacientes que sofre desta doença responde plenamente à medicação antidepressiva. Em um artigo publicado pelo The Lancet, Wiles Nicola e colaboradores apresentam os resultados de um ensaio clínico que demonstrou a eficácia da terapia cognitivo comportamental (TCC) na redução dos sintomas depressivos.

Um total de 469 pacientes, com idade entre 18 e 75 anos, foi envolvido neste estudo randomizado, em larga escala, e os resultados mostram que 46% dos participantes que fizeram TCC, além de terem recebido os cuidados habituais incluindo a farmacoterapia (n=234), relataram uma redução de pelo menos 50% nos sintomas depressivos, em comparação com 22% daqueles que continuaram apenas com o tratamento usual (n=235). Os pacientes foram acompanhados por 12 meses.

O estudo forneceu evidências robustas de que a TCC, como um complemento ao tratamento habitual, que inclui o uso de antidepressivos, é um tratamento eficaz para a depressão na população avaliada.

Fonte: www.news.med.br


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SER CONTROLADOR OU CONTROLAR?


Por Tatiana Ades


"O controle excessivo é uma doença séria que deve ser tratada com medicamentos e ajuda terapêutica"

Muitas mulheres creem na falsa ideia de que o controle que seu parceiro atua sobre ela está ligado ao amor, preocupação e desejo.

No entanto, controle nada tem a ver com amor, pelo contrário, é uma forma agressiva de ter para si mesmo um objeto de prazer, objeto esse que não pode sair da linha, senão deverá ser castigado.

O controle está ligado à necessidade que alguém possui de sentir-se superior. Geralmente essas pessoas são manipuladoras, sádicas e em alguns casos possuem uma autoestima baixíssima. Por isso, recorrem ao “poder sobre o outro” para sentirem-se melhores consigo mesmas.


RELATOS

Ana Karina (nome fictício) chegou ao meu consultório reclamando do controle que seu marido exercia em sua vida. Ela conta-me preocupada que ele chega a controlar o que ela veste, come, com quem pode ou não sair, quem são os amigos corretos e com quem da família ela deve manter contato ou não.

Percebam que o marido de Ana está egoisticamente adaptando a vida dela aos seus desejos e necessidades. De forma alguma ele está preocupado e com boas intenções de estar em um relacionamento saudável e de troca.

Outro paciente reclama da falta de liberdade com a namorada. Danil (nome fictício) diz que recebe ligações dela o dia inteiro, exigindo explicações de onde está, com quem está e o que está fazendo. Ele descobriu que ela usa suas senhas pessoais (descobertas por ela) para acessar suas redes sociais, contatos virtuais e que inclusive exigiu que ela pudesse ligar para todas as mulheres amigas dele e conferir quem realmente eram.


SER CONTROLADOR OU DEIXAR-SE CONTROLAR: QUAL É A PIOR DOENÇA?


Ambas se encaixam e são perigosíssimas, uma vez que o controlador recebe a informação do controlado de que ele pode ir além. A situação torna-se caótica e podemos chegar a extremos com severas punições como agressões físicas, verbais e emocionais.


Lembre-se bem de que controle nada tem de sinônimo com preocupação sincera, amor, carinho e afinidade. O controle excessivo é uma doença séria que deve ser tratada com medicamentos e ajuda terapêutica.


Se você se identifica com um controlador ou um controlado, repense suas atitudes e tende entender o que ocasionou essa dinâmica substituindo o companheirismo pelo sentimento de posse.

Perfil do controlador 

- Egoísta;
- Manipulador;
- Frio;
- Ansioso;
- Impulsivo;
- Às vezes agressivo;
- Egocêntrico. - 

Perfil do controlado

- Depressivo;
- Baixa autoestima;
- Tendência a relações simbióticas e problemáticas;
- Personalidade dependente (sozinho não se suporta)
- Compulsivo em diversos casos (álcool, sexo, etc.).

Um amor só é real quando duas unidades se completam formando assim uma só. Um jogo de manipulação e poder é o avesso do amor. Controlar é não respeitar a individualidade do outro e deixar-se controlar é estar doente sem ao menos perceber.

Fonte: http://psicologia-ro.blogspot.com.br