quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pais fogem dos produtos de marca no material escolar


Publicado por Eberson Theodoro On 23 jan, 2012 At 05:21 PM | Editoria EconomiaPrimeira Página | Sua opinião 0 Comentários
Com a proximidade do fim das férias, inicia a corrida pela compra de materiais escolares. E não faltam opções de onde comprar na cidade: somente em um trecho de 200 metros da rua do Príncipe, há cerca de cinco estabelecimentos vendendo  cadernos, mochilas, lápis e canetas.
A diferença de preço não é pequena. Segundo lista divulgada pelo Procon de Joinville, um caderno de 96 folhas pode custar entre R$ 2,30 e R$ 7,90. E o preço parece ser o diferencial na hora da escolha do que comprar. “Meu filho queria um caderno de R$ 13, mas preferi um de R$ 8”, afirma a dona de casa Maria dos Santos da Silva, 55 anos.
A dona de casa Maria conseguiu comprar a lista de material gastando R$ 35. "Compro conforme o dinheiro". Foto: Eberson Theodoro
O filho, Bruno da Silva, 15 anos, entende a mãe e ainda ajuda a conferir os preços. “Sei que não dá para comprar tudo e tento ajudá-la a escolher o que for mais barato”, declara o adolescente. Segundo Maria, escolhendo os itens mais baratos, ela conseguiu comprar toda a lista de material, exceto a mochila, gastando R$ 35.
Na hora da compra, deixe as crianças em casa
Para o gerente do Procon de Joinville, Jorge Nemer Filho, os preços não tiveram muita variação, comparando o ano passado com 2012. Ainda assim, ele aconselha algumas atitudes que podem ajudar os pais a economizar ainda mais na hora da compra do material escolar. Uma delas, segundo Jorge, é deixar os filhos em casa quando for às lojas. “Produtos com as marcas favoritas das crianças são 30% mais caros”, aponta.
Ainda segundo Jorge, reunir um grupo para comprar juntos pode render algum desconto. “A maioria dos comerciantes abaixam os preços dos produtos quando eles são comprados em quantidades maiores”, explica.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Por que choramos

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As causas "emocionais" para o choro são várias: para aliviar tensões e desabafar, porque somos empáticos, por compaixão, quando sentimos dor, para chamar a atenção e até mesmo por felicidade. Mas o certo é que não se conhecem exatamente as causas pelas quais o chorar desempenha esta função. Suspeita-se que se trate de um modelo aprendido, isto é, quando as circunstâncias que envolvem este modelo se repetem, o cérebro enviaria a ordem para chorar e o mecanismo se ativaria.
De fato, o homem parece ser o único animal que chora quando se emociona. Isto tem dado margem para que alguns cientistas classifiquem as lágrimas em "causadas por irritação" e "emocionais", ainda que sua produção e composição sigam o mesmo mecanismo fisiológico, e elas sejam distintas apenas por suas causas. Cabe dizer também que algumas emoções, como o riso muito forte, podem fazer com que fechemos os olhos pressionando-os, o que provoca a liberação de lágrimas. Esta, portanto, não seria uma ordem direta do cérebro.
O que se sabe com segurança é que as lágrimas cumprem a importante função fisiológica de proteger os olhos. Nossas lágrimas atuam como lubrificantes, evitando que o globo ocular se resseque, como anti-séptico – já que o sal que contêm é um ótimo desinfetante – e também ajudam a retirar qualquer tipo de impureza que possa vir a se instalar em nossos olhos. Este funcional sistema lacrimal é composto pelas glândulas lacrimais (que produzem o fluído da lágrima) e condutores excretores lacrimais (que segregam as lágrimas cada vez que fechamos os olhos).CHORO

Todo mundo conhece pelo menos uma pessoa que já recebeu apelidos engraçadinhos ou até chatos por ser emotivo e se afundar em lágrimas por motivos considerados bobos. Você mesmo pode ser um manteiga derretida. Saiba que não há nada de errado em se emocionar assistindo à propaganda na televisão ou até mesmo aos filmes de comédia. Você tem facilidade para o choro porque simplesmente se coloca no lugar do personagem do filme, da novela, ou capta aquela sensação emotiva a ser transmitida.
“Certas pessoas têm mais facilidade para o choro”, esclarece a psicóloga de Joinville Cleonice de Andrade. ”Não é a situação que determina uma emoção, e sim a forma como a interpretamos. Ou seja, são nossos pensamentos que geram nossas emoções. Quanto mais vulneráveis estiverem as pessoas, mais facilidade terão de chorar” diz.
Mesmo assim, esta tendência à vulnerabilidade é hereditária, afirma Cleonice.
“Quanto maior a vulnerabilidade de um indivíduo, maior será a probabilidade de haver interpretações com tendências emotivas da realidade que vive. Essas pessoas que choram com facilidade veem a realidade de forma emotiva com maior frequência que outras pessoas”.
A psicóloga ensina que, nos seres humanos, o choro serve para três propósitos: lavar os olhos, reduzir o estresse e expressar emoções. “Mas o propósito primordial do choro é estimular sentimentos de afeto e proteção” diz.
“Uma criança, por exemplo, chora como forma de comunicação, ela pode estar precisando de cuidados ou apenas querendo a atenção dos pais, para se sentir envolvida. Mas este comportamento pode estender-se até a idade adulta”, observa Cleonice.lagrimas

Nas brigas entre casais, na família e até mesmo no trabalho, é fácil de constatar que as mulheres são as primeiras a chorar e a serem taxadas como o lado mais fraco da corda.
“As mulheres tem as glândulas lacrimais mais ativas que os homens. Eles não costumam chorar em público, isso ocorre porque no processo evolutivo, o homem que demonstra emoções, principalmente na frente dos outros, coloca-se em situação de risco. Ou seja, o choro é visto como fraqueza e, ao se transmitir fraqueza, ele encoraja outros homens a atacá-los – detalha.
Cleonice garante que quem chora também expressa recados da mente.
As pessoas choram a partir do momento que se concentram em seus pensamentos diários e têm consciência deles. Por exemplo: quando um indivíduo percebe um pensamento negativo que transmite tristeza, o resultado pode ser o choro. Enquanto chora, um indivíduo excreta substâncias químicas geradas pelo estresse, sinalizando aflição em situações emocionalmente carregadas.
Aprendemos, desde crianças, que chorar é feio, é sinal de fraqueza e que segurar as lágrimas demonstra autocontrole e força, o que é muito bem visto pela sociedade. Mas chorar, muitas vezes, funciona como um excelente calmante.
“Se lembrarmos de como nos sentimos após o choro, podemos perceber que ficamos bem melhores emocionalmente”, conta Cleonice.
“Na psicologia e psiquiatria, quando se observa que um indivíduo já não é mais capaz de chorar, é visto com maior atenção, pois pode ser um sinal de grave depressão. Quando uma pessoa está muito deprimida, tem o choro bloqueado. Chorar faz bem. Não tem nada de errado e vergonhoso em chorar”, avalia.
Mesmo assim, exageros nunca são saudáveis. Se uma pessoa chora quase o tempo todo ou a maior parte do tempo, seria bem interessante fazer uma visita a um especialista. Mas chorar com filmes, novela e até com propagandas que puxem pelo emocional não tem nada de errado, fora a possibilidade de ganhar apelidos engraçadinhos e que os outros façam piadas àquele que cede ao nó na garganta.
Por que choramos ao descascar cebolas?
chora_cebolaA resposta é química. As cebolas contêm um composto chamado trans-(+)-S-(1 - propenil)-L-cisteina sulfóxido, uma molécula que é inodora. Quando cortamos o condimento, produzimos rupturas celulares que permitem a uma enzima chamada alinasa entrar em contato com a molécula anterior. Esta interação produz piruvato, amoníaco e syn-propanotial-S-óxido. É esta última que, em contato com os olhos e a água, produz a irritação ocular. Os olhos se protegem então estimulando as glândulas lacrimais e derramando lágrimas que lavam o olho, como se fosse um colírio natural.
Assim para evitar o famoso choro da cebola basta lavá-la bem. Com isto estamos dissolvendo o propanotial antes que ele chegue aos olhos.
Curiosidade: um ser humano chora cerca de 250 mil vezes ao longo da vida.




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Síndrome de Burnout

A síndrome está ligada aos agentes estressares do trabalho.


A Síndrome de Burnout é uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que fazem com que o profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente. 

A pessoa que apresenta tal síndrome, além de manifestar as sensações acima descritas, perde consideravelmente seu nível de rendimento e de responsabilidade para com as pessoas e para com a organização que faz parte. Pode ocorrer em profissionais de diferentes áreas que possuem contato direto com pessoas. Também apresenta manifestações fisiológicas como cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça freqüente e dificuldades respiratórias. 

A Síndrome de Burnout pode ser prevenida quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados à necessidade do profissional, quando se prioriza as tarefas mais importantes no decorrer do dia, quando se estabelece laços pessoais e/ou profissionais dando-os importância, quando os horários diários não são sobrecarregados de tarefas, quando o profissional preocupa-se com sua saúde e quando em momentos de descontração assuntos relacionados ao trabalho não são mencionados. 

O tratamento para a doença é variável, pois podem ser iniciados a partir de fitoterápicos, fármacos, intervenções psicossociais, afastamento profissional e readaptações. É importante ressaltar que a Síndrome de Burnout é diferente da depressão, pois a síndrome está diretamente ligada com situações ligadas ao trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais relacionadas com a vida da pessoa.


Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

Problemas Psiquiátricos Causados pelo Alcoolismo

Abuso de Álcool 

A pessoa que abusa de álcool não é necessariamente alcoólatra, ou seja, dependente e faz uso continuado. O critério de abuso existe para caracterizar as pessoas que eventualmente, mas recorrentemente têm problemas por causa dos exagerados consumos de álcool em curtos períodos de tempo. Critérios: para se fazer esse diagnóstico é preciso que o paciente esteja tendo problemas com álcool durante pelo menos 12 meses e ter pelo menos uma das seguintes situações: a) prejuízos significativos no trabalho, escola ou família como faltas ou negligências nos cuidados com os filhos. b) exposição a situações potencialmente perigosas como dirigir ou manipular máquinas perigosas embriagado. c) problemas legais como desacato a autoridades ou superiores. d) persistência no uso de álcool apesar do apelo das pessoas próximas em que se interrompa o uso.

Dependência ao Álcool 

Para se fazer o diagnóstico de dependência alcoólica é necessário que o usuário venha tendo problemas decorrentes do uso de álcool durante 12 meses seguidos e preencher pelo menos 3 dos seguintes critérios: a) apresentar tolerância ao álcool -- marcante aumento da quantidade ingerida para produção do mesmo efeito obtido no início ou marcante diminuição dos sintomas de embriaguez ou outros resultantes do consumo de álcool apesar da continua ingestão de álcool. b) sinais de abstinência -- após a interrupção do consumo de álcool a pessoa passa a apresentar os seguintes sinais: sudorese excessiva, aceleração do pulso (acima de 100), tremores nas mãos, insônia, náuseas e vômitos, agitação psicomotora, ansiedade, convulsões, alucinações táteis. A reversão desses sinais com a reintrodução do álcool comprova a abstinência. Apesar do álcool "tratar" a abstinência o tratamento de fato é feito com diazepam ou clordiazepóxido dentre outras medicações. c) o dependente de álcool geralmente bebe mais do que planejava beber d) persistente desejo de voltar a beber ou incapacidade de interromper o uso. e) emprego de muito tempo para obtenção de bebida ou recuperando-se do efeito. f) persistência na bebida apesar dos problemas e prejuízos gerados como perda do emprego e das relações familiares.

Abstinência alcoólica 

A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas pessoas que interrompem o uso de álcool após longo e intenso uso. As formas mais leves de abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida. A síndrome de abstinência leve não precisa necessariamente surgir com todos esses sintomas, na maioria das vezes, inclusive, limita-se aos tremores, insônia e irritabilidade. A síndrome de abstinência torna-se mais perigosa com o surgimento do delirium tremens. Nesse estado o paciente apresenta confusão mental, alucinações, convulsões. Geralmente começa dentro de 48 a 96 horas a partir da ultima dose de bebida. Dada a potencial gravidade dos casos é recomendável tratar preventivamente todos os pacientes dependentes de álcool para se evitar que tais síndromes surjam. Para se fazer o diagnóstico de abstinência, é necessário que o paciente tenha pelo menos diminuído o volume de ingestão alcoólica, ou seja, mesmo não interrompendo completamente é possível surgir a abstinência. Alguns pesquisadores afirmam que as abstinências tornam-se mais graves na medida em que se repetem, ou seja, um dependente que esteja passando pela quinta ou sexta abstinência estará sofrendo os sintomas mencionados com mais intensidade, até que surja um quadro convulsivo ou de delirium tremens. As primeiras abstinências são menos intensas e perigosas.

Delirium Tremens 

O Delirium Tremens é uma forma mais intensa e complicada da abstinência. Delirium é um diagnóstico inespecífico em psiquiatria que designa estado de confusão mental: a pessoa não sabe onde está, em que dia está, não consegue prestar atenção em nada, tem um comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada ou ininteligível, a noite pode ficar mais agitado do que de dia. A abstinência e várias outras condições médicas não relacionadas ao alcoolismo podem causar esse problema. Como dentro do estado de delirium da abstinência alcoólica são comuns os tremores intensos ou mesmo convulsão, o nome ficou como Delirium Tremens. Um traço comum no delírio tremens, mas nem sempre presente são as alucinações táteis e visuais em que o paciente "vê" insetos ou animais asquerosos próximos ou pelo seu corpo. Esse tipo de alucinação pode levar o paciente a um estado de agitação violenta para tentar livrar-se dos animais que o atacam. Pode ocorrer também uma forma de alucinação induzida, por exemplo, o entrevistador pergunta ao paciente se está vendo as formigas andando em cima da mesa sem que nada exista e o paciente passa a ver os insetos sugeridos. O Delirim Tremens é uma condição potencialmente fatal, principalmente nos dias quentes e nos pacientes debilitados. A fatalidade quando ocorre é devida ao desequilíbrio hidro-eletrolítico do corpo. 

Intoxicação pelo álcool 

O estado de intoxicação é simplesmente a conhecida embriaguez, que normalmente é obtida voluntariamente. No estado de intoxicação a pessoa tem alteração da fala (fala arrastada), descoordenação motora, instabilidade no andar, nistagmo (ficar com olhos oscilando no plano horizontal como se estivesse lendo muito rápido), prejuízos na memória e na atenção, estupor ou coma nos casos mais extremos. Normalmente junto a essas alterações neurológicas apresenta-se um comportamento inadequado ou impróprio da pessoa que está intoxicada. Uma pessoa muito embriagada geralmente encontra-se nessa situação porque quis, uma leve intoxicação em alguém que não está habituado é aceitável por inexperiência mas não no caso de alguém que conhece seus limites.

Wernicke-Korsakoff (síndrome amnéstica) 

Os alcoólatras "pesados" em parte (10%) desenvolvem algum problema grave de memória. Há dois desses tipos: a primeira é a chamada Síndrome Wernicke-Korsakoff (SWK) e a outra a demência alcoólica. A SWK é caracterizada por descoordenação motora, movimentos oculares rítmicos como se estivesse lendo (nistagmo) e paralisia de certos músculos oculares, provocando algo parecido ao estrabismo para quem antes não tinha nada. Além desses sinais neurológicos o paciente pode estar em confusão mental, ou se com a consciência clara, pode apresentar prejuízos evidentes na memória recente (não consegue gravar o que o examinador falou 5 minutos antes) e muitas vezes para preencher as lacunas da memória o paciente inventa histórias, a isto chamamos fabulações. Este quadro deve ser considerado uma emergência, pois requer imediata reposição da vitamina B1(tiamina) para evitar um agravamento do quadro. Os sintomas neurológicos acima citados são rapidamente revertidos com a reposição da tiamina, mas o déficit da memória pode se tornar permanente. Quando isso acontece o paciente apesar de ter a mente clara e várias outras funções mentais preservadas, torna-se uma pessoa incapaz de manter suas funções sociais e pessoais. Muitos autores referem-se a SWK como uma forma de demência, o que não está errado, mas a demência é um quadro mais abrangente, por isso preferimos o modelo americano que diferencia a SWK da demência alcoólica.

Síndrome Demencial Alcoólica 

Esta é semelhante a demência propriamente dita como a de Alzheimer. No uso pesado e prolongado do álcool, mesmo sem a síndrome de Wernick-Korsakoff, o álcool pode provocar lesões difusas no cérebro prejudicando além da memória a capacidade de julgamento, de abstração de conceitos; a personalidade pode se alterar, o comportamento como um todo fica prejudicado. A pessoa torna-se incapaz de sustentar-se. 


Fonte: www.psicosite.com.br

sábado, 14 de janeiro de 2012

Ioga e Terapia Comportamental Auxiliam na Mente de Crianças

Profissionais da saúde testam novas técnicas como a ioga e a terapia cognitivo-comportamental em crianças brasileiras como forma de prevenir doenças mentais no futuro. O projeto partiu da iniciativa de um instituto recém-criado, que envolve 11 universidades e que pretende desenvolver ações para detectar e tratar na infância transtornos psiquiátricos que só são diagnosticados na vida adulta.

A princípio, a ideia é mapear, por meio de estudo epidemiológico, os transtornos infanto-juvenis em 100 municípios do país. Estudos internacionais apontam que a maioria dos transtornos mentais começa na infância. Apesar da polêmica em torno do assunto, psiquiatras infantis diagnosticam precocemente os transtornos, oferecendo assim mais qualidade de vida aos pequenos.

A partir do estudo, crianças que já apresentem sintomas sugestivos de transtornos serão acompanhadas pelo instituto. A prática das duas técnicas está sendo utilizada na psiquiatria e na oncologia como forma de diminuir sintomas como ansiedade e medo.


Fonte: Portal Educação

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Comédias românticas prejudicam vida afetiva, diz estudo

Pesquisa mostra que filmes criam expectativas pouco realistas sobre o amor.

Assistir a comédias românticas ou ler revistas femininas e masculinas pode prejudicar a vida amorosa e afetiva, afirma uma pesquisa da Heriot-Watt University, em Edimburgo, divulgada nesta quarta-feira.

Segundo os cientistas do Laboratório de Relações Pessoais e de Família da universidade, os filmes e as revistas mostram situações idealizadas, distantes da realidade de seu público, criando expectativas que não serão correspondidas.

A equipe liderada pelos psicólogos Bjarne Holmes e Kimberly Johnson estudou 40 das comédias românticas mais assistidas entre 1995 e 2005, além das revistas, e concluiu que elas trazem um tema comum: a idéia de uma "alma gêmea", que estamos todos predestinados a conhecer e que deveria nos conhecer instintivamente tão bem que poderiam "quase ler nossas mentes".

Depois de estudar os filmes, os pesquisadores pediram a centenas de pessoas que respondessem a um questionário descrevendo suas crenças e expectativas sobre seus relacionamentos.

Segundo os cientistas, os fãs de filmes como Mensagem para você, O Casamento dos meus sonhos e Enquanto você dormia normalmente não conseguem se comunicar efetivamente com seus parceiros.

Para Holmes, as conclusões podem ter implicações profundas em nossas vidas.

"Terapeutas de casais vêem com freqüência casais que acreditam que os homens e as mulheres querem coisas bem diferentes de suas relações, que o sexo deve ser perfeito sempre, e que se uma pessoa foi feita para você, então ela vai saber o que você quer, sem que você precise comunicá-lo."

"Agora temos algumas evidências que sugerem que a mídia popular tem um papel em perpetuar essas idéias na mente das pessoas."

Para Holmes, a pesquisa descobriu uma verdade pouco confortável: "o problema é que enquanto que a maioria de nós sabe que a idéia de um relacionamento perfeito não é realista, alguns de nós somos mais influenciados pelas imagens mostradas na mídia do que nos damos conta."

"Os filmes capturam a excitação de um novo relacionamento, mas eles também sugerem, erradamente, que a confiança e o amor comprometido existem a partir do momento em que as pessoas se conhecem, enquanto que essas qualidades, normalmente, levam anos para se desenvolver", diz Kimberly Johnson.

Os pesquisadores agora pretendem lançar uma pesquisa global sobre a influência da mídia nos relacionamentos, e pedem aos interessados que participem respondendo a um questionário pela internet.

Da BBC

Fonte: G1

Acordar de mau humor todos os dias não é normal

O auxiliar de almoxarife Rafael Sales Batista dos Santos, de 19 anos, acorda às 5h30, tenso, processando na mente tudo o que vai enfrentar no dia. “Penso que tenho que levantar muito cedo, penso no trânsito, no trabalho, em tudo que irei fazer e fico mal-humorado”, diz. Até as nove da manhã, nada de conversa; apenas o que for obrigatório. “Só respondo sim e não. É devagar que vou voltando ao normal, isso se ninguém mexer comigo durante esse período.” Para distrair, Santos ouve música. Se não ouvisse, afirma, talvez demorasse mais para melhorar. 

Santos sofre de mau humor matinal, problema que atrapalha e incomoda não apenas ele, mas também quem está à sua volta. Como o auxiliar de almoxarife, o estudante Daniel Torresan Marcelino, de 18 anos, diz que acorda mal-humorado desde criança. “Aprendi a me controlar por causa da família, mas evito conversar ou falar, porque fico nervoso por qualquer coisa”, conta. Quanto mais cedo acorda, pior ele se sente. “Por ser grosseiro, já cheguei a brigar, mas não faço mais isso. É engraçado como a família encara. Depois de um tempo acordado, meu irmão simplesmente pergunta: ‘E aí? Já passou?’. Em casa, só eu acordo assim.” Daniel diz que quando viaja ou está em férias, levanta-se da cama mais tranqüilo, sem a “nhaca” que o acompanha diariamente. 

Geralmente, o mau humor logo nas primeiras horas da manhã tem a ver com sono ruim, explica o psiquiatra Evandro Gomes de Matos, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). E são vários os motivos da noite maldormida. Alguns leves, como uma ansiedade natural; outros sérios, como a depressão. “Se a pessoa acorda sistematicamente com esse mal-estar, é preciso pesquisar as causas. Pode ser que nem mesmo ela saiba a razão. Qualidade do sono é fundamental; já a quantidade de horas é variável”, afirma. De seis a dez horas é considerado um período normal, pondera o médico. Segundo Matos, quem tem uma boa noite de repouso costuma acordar bem. 

Michele Médola 
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Cérebro de psicopatas tem diferenças estruturais e funcionais

Adivinha quem tem conectividade reduzida entre uma área do córtex pré-frontal e a amígdala? Os psicopatas.
Um estudo que fez imagens dos cérebros de presos mostra diferenças importantes entre aqueles que são diagnosticados como psicopatas e aqueles que não são. Na imagem acima, o córtex pré-frontal (PFC) está em vermelho, a amígdala em azul, e a via de substância branca que liga as duas estruturas (o fascículo uncinado) é mostrada em verde.
Os resultados podem ajudar a explicar o comportamento insensível, antissocial e impulsivo exibido por alguns psicopatas.
O estudo mostrou que os psicopatas têm conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC), a parte do cérebro responsável por sentimentos como empatia e culpa, e a amígdala, que media o medo e a ansiedade.
Dois tipos de imagens cerebrais foram coletadas. Imagens de difusão tensor (DTI) mostraram redução da integridade estrutural das fibras de substância branca que ligam as duas áreas, enquanto que um segundo tipo de imagem que mapeia a atividade cerebral, uma imagem de ressonância magnética funcional (fMRI), mostrou menos atividade coordenada entre os vmPFC e a amígdala.
“Essas duas estruturas no cérebro, que regulam o comportamento social e a emoção, parecem não estar se comunicando como deveriam”, diz o pesquisador do estudo, Michael Koenigs.
O estudo comparou o cérebro de 20 presos com diagnóstico de psicopatia com os cérebros de 20 outros presos que cometeram crimes semelhantes, mas não foram diagnosticados com psicopatia.
A combinação de anormalidades estruturais e funcionais fornece evidências convincentes de que a disfunção observada neste circuito sócio-emocional é uma característica estável dos criminosos psicopatas.
Os cientistas acreditam que a pesquisa mostra que há uma anormalidade específica do cérebro associada com a psicopatia criminal. Sendo assim, o estudo pode lançar mais luz sobre a origem dessa disfunção, e estratégias para tratar o problema.[ScienceDaily]

A culpa é do álcool? Talvez não

É uma armadilha que a maioria de nós cai: fazer uma decisão precipitada ou lamentável depois de algumas cervejas. A culpa é da bebida, certo?
Um novo estudo mostra como o cérebro processa os erros na presença de álcool.
Em uma descoberta que vai contra o pensamento mais comum, verifica-se que ainda sabemos que estamos cometendo um erro quando estamos intoxicados. Nós simplesmente não nos importamos tanto.
As pessoas não assumirem que estão bêbadas é uma boa desculpa para fazer coisas que não deveriam estar fazendo. Não é porque elas fazem coisas bêbadas sem estar cientes de seu comportamento, mas sim parecem não se incomodar com as implicações ou consequências.
A pesquisa veio para clarear uma área de ambiguidade sobre o cérebro: será que a força da ERN – ou negatividade relacionada ao erro, “sinal de alarme” ativado no cérebro quando se comete erros – muda com a presença de álcool? Alguns trabalhos de investigação em 2002 concluíram que a intoxicação reduzia a capacidade do cérebro de detectar erros.
No entanto, o novo estudo desafiou essa suposição, perguntando se é possível que a capacidade continue a mesma, com o álcool apenas mudando a reação do cérebro, reduzindo a angústia que normalmente acompanha os erros.
No estudo, 67 pessoas com idades entre 21 e 35 anos foram divididas em três grupos. Enquanto dois dos grupos receberam um placebo (com 5% de álcool), ou apenas tônico simples, o terceiro grupo recebeu bebidas alcoólicas – 50% de álcool. Os participantes no terceiro grupo chegaram a um nível de álcool no sangue de cerca de 0,09% – acima do limite legal de condução. Os outros dois grupos mantiveram-se em 0,00%. Todos os participantes foram, então, encarregados de completar uma tarefa desafiadora no computador.
A equipe observou que, enquanto todos os grupos cometeram erros, aqueles que haviam consumido álcool eram menos propensos a perceber seus erros. Os bebedores também foram menos propensos a desacelerar depois de um erro.
No entanto, além de monitorar seu desempenho no computador, também foi medido o humor dos sujeitos.
Sem surpresas, o grupo do álcool relatou se sentir menos desanimado (por mais engraçado que pareça, o grupo que recebeu o placebo tinha um humor mais negativo). Usando essas medições, a equipe foi capaz de demonstrar uma correlação entre o humor dos participantes e a força do ERN. Um clima menos negativo se igualou a um ERN menos riogoroso.
Os resultados representam um passo importante na compreensão de como o álcool afeta o cérebro – e dos erros cometidos por pessoas que tomaram um par de cervejas.
O estudo também está buscando testar se a atividade cerebral relacionada ao erro também irá produzir mudanças em outras partes do cérebro quando as pessoas tentam corrigir seus erros. No que promete ser uma atividade de entretenimento sem fim para os assistentes de pesquisa, uma ressonância magnética funcional (imagens que medem a atividade cerebral) deve ser feita com os participantes do estudo.
E nada de por a culpa no álcool a partir de agora

Compostos da maconha podem ter efeitos contrários no cérebro

Dois componentes da maconha têm efeitos opostos em algumas regiões do cérebro. Um produto químico, chamado tetraidrocanabinol (THC), aumenta os processos cerebrais que podem levar a sintomas de psicose – como alucinações ou delírios. Enquanto isso, outro composto, chamado canabidiol (CBD), pode “negar” esses sintomas, como indica um novo estudo.
Os resultados do novo estudo realizado em Londres são os primeiros a usar imagens cerebrais para demonstrar a razão pela qual sintomas de psicose surgem em usuários de maconha. De acordo com pesquisadores, o principal motivo disso acontecer pode ser o THC, que interfere na capacidade cerebral de distinguir quais são os estímulos importantes – o que os pesquisadores chamam de uma anormal atribuição de relevância.
Pesquisas anteriores descobriram que o THC pode induzir sintomas de psicose em pessoas saudáveis e piorar os sintomas em pessoas que já tem problemas psiquiátricos. O novo estudo ainda indica que, a longo prazo, o consumo de maconha pode estar associado ao aumento do risco de esquizofrenia.
O estudo mostrou que homens que ingerem THC apresentam aumento da atividade cerebral na região chamada de córtex pré-frontal, mas menor atividade na região do corpo estriado. É possível que essas mudanças aconteçam porque os níveis de THC alteram o neurotransmissor dopamina.
Essas alterações parecem ser decisivas nas características fisiopatológicas da psicose, segundo os pesquisadores. Isso é consistente com evidências de que o corpo estriado e o córtex pré-frontal são alterados durante o processamento de pacientes com psicose, indivíduos com risco altíssimo de psicose e pessoas em estado psicótico induzido por drogas.
Por outro lado, os efeitos que o CBD ocasionava no cérebro sugerem o oposto sobre os sintomas psicóticos. De acordo com outros estudos, os resultados sugerem que o composto pode ter potencial para ser um antipsicótico, influenciando a circulação sanguínea no cérebro. [LiveScience]

Prozac: antidepressivos funcionam melhor quando aliados a terapia psicológica

Muitas pessoas já tomaram fluoxetina, vendida sob a marca Prozac, um antidepressivo famoso que ajudou muitos casos.
Porém, a droga teve resultados variados em sua história e sua eficácia já foi questionada. Agora, um novo estudo com ratos reforça descobertas recentes de que a fluoxetina, por si só, não oferece um forte benefício, a menos que seja acompanhada por uma terapia cognitiva.
“A combinação de antidepressivo e terapia de exposição psicológica produziu um efeito benéfico que não foi atingido por um ou outro tratamento sozinho”, disse o autor do estudo, Eero Castrén.
No estudo, os pesquisadores deram fluoxetina a metade dos ratos. Em seguida, os condicionaram a ter medo de um ruído, dando-lhes um pequeno choque quando os animais o ouviam.
Após o condicionamento do medo, alguns dos ratos receberam o que os pesquisadores chamam de “terapia de extinção” – os pesquisadores reduziram o medo dos ratos do ruído, não dando o choque quando eles o ouviam.
Na fase final do experimento, os pesquisadores deram choques nos ratos cinco vezes sem o ruído. No dia seguinte, eles soaram o barulho para ver como os ratos reagiriam, examinando seus cérebros.
Ratos que tinham sido tratados com fluoxetina e terapia de extinção tiveram respostas diferentes no cérebro para o barulho, e foram menos propensos a congelar quando ouviram o ruído na fase final do experimento do que ratos que receberam apenas um dos dois tratamentos.
Cerca de 15% dos ratos que tinham sido submetidos a terapia de extinção e receberam fluoxetina congelaram em resposta ao ruído, enquanto pouco menos de 40% daqueles que não tomaram a droga congelaram.
Enquanto isso, pouco mais de 40% dos ratos que receberam a droga, mas nenhuma terapia, congelaram, enquanto os ratos que não receberam a droga nem fizeram terapia congelaram a uma taxa de cerca de 60%.
Embora o estudo tenha sido feito com ratos, ele confirma e ajuda a explicar descobertas que, em pessoas, a terapia de conversação ou a droga sozinha é menos eficaz do que as duas juntas.
A conclusão é de que tratamento psicológico combinado com a terapia antidepressiva está associado a uma maior taxa de melhora da doença. Segundo os pesquisadores, faz todo o sentido que o sistema nervoso tenha de ser receptivo à mudança da droga com a terapia.
Tornar o sistema nervoso mutável, mas não fornecer qualquer exposição ou experiência terapêutica que irá “informar essa mudança” pode fazer do sucesso improvável.
O novo estudo reforça a evidência de que os antidepressivos funcionam afetando o crescimento e a religação dos neurônios no cérebro, o que explicaria por que os medicamentos parecem funcionar melhor durante um período prolongado.
Mas também sugere que, se os antidepressivos estão “religando” o cérebro, o cérebro precisa de orientação nesse processo (com a terapia).
Os pesquisadores explicam que a terapia de reabilitação deve ser considerada em todos os casos que drogas antidepressivas estiverem sendo usadas.[LiveScience]