segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

TRANSTORNO BIPOLAR DE PERSONALIDADE

O transtorno bipolar se caracteriza por alterações de humor, com recorrência de episódios depressivos e maníacos ao longo da vida. O estado de humor depressivo se manifesta por tristeza, desânimo, lentificação, falta de energia, perda de prazer, melancolia, etc. E por mania entende-se que se trata de um estado de humor, eufórico, ligado, acelerado, irritável, elétrico, de curto período de sono, impulsividade nos gastos, indiscrição, fala rápida, pensamentos acelerados e de grandiosidade, relacionamentos curtos e turbulentos com alto desejo sexual. É considerada uma doença complexa que afeta cerca de 1,5% dos homens e mulheres em todo o mundo. Cerca de metade desses pacientes relatam vivenciar oscilações bruscas do humor que podem durar de algumas horas a poucos dias. E são nestas oscilações de humor que há maior risco de tentativas de suicídio e geralmente sem um planejamento, ou seja, impulsivamente.

• Este transtorno de humor pode surgir praticamente em qualquer momento da vida, apesar de ser mais comum entre os 15 e 30 anos de idade. O paciente portador deste distúrbio demora até perceber que algo está errado por considerar o humor eufórico normal e positivo. Portanto, é muito mais fácil a pessoa que convive com o paciente perceber que algo anormal está acontecendo. As queixas iniciam-se pelas reclamações dos familiares que encontram dificuldades para se relacionar com a pessoa doente. Já que se trata de temperamento forte, intenso, energético, festivo, aventureiro e a alteração para humor depressivo de uma hora para outra. Por isso a definição "bipolar", porque expressa os dois pólos de humor que se alternam de depressão a mania. Como a bipolaridade pode alterar o ritmo da vida do indivíduo é necessário acompanhamento com psiquiatra para a medicação assim como psicoterapia para torna-lo mais funcional no seu dia-a-dia.

• A terapia cognitiva é bastante eficaz em seus resultados. Pois é uma terapia estruturada, orientada para a solução de problemas, que envolve a colaboração ativa do paciente e terapeuta para atingir as metas estabelecidas. Os objetivos dos cognitivistas no transtorno bipolar são:

• Educar os pacientes e familiares sobre o problema, seu tratamento e dificuldades associadas à doença;

• Instruir sobre os métodos para monitorar a ocorrência e a gravidade dos sintomas:

• Instruir ao paciente como identificar, desafiar e modificar pensamentos automáticos negativos que o prejudicam na aceitação do tratamento com medicamentos;

• Ensinar técnicos não- farmacológicas para lidar com os problemas;

• Ajudar o paciente a enfrentar fatores estressantes que possam estar interferindo no tratamento;

• Ajudá-lo a aceitar a doença;

• Aumentar a tolerância e proteção da família assim como diminuir o trauma e preconceitos associados à doença.

• A terapia consiste em identificar padrões de pensamentos disfuncionais, devolvendo ao paciente a flexibilidade, controlando a impulsividade e conscientizando-o das razões e significados de certas atitudes, emoções e pensamentos.

• É importante salientar que nossas emoções e comportamentos são derivados de nossos pensamentos. Portanto, se faz necessário identificar distorções do pensamento para que sejam alterados por pensamentos mais realistas. Quando isso acontece ocorre uma melhora significativa nas emoções do indivíduo levando-o a viver de forma funcional e melhor qualidade de vida. O acompanhamento dos familiares também é de fundamental importância para que haja um bom relacionamento. Pois alguns familiares podem aproveitar o diagnóstico do paciente para vencer uma discussão, afirmando que este último está surtando quando na verdade está reagindo adequadamente a alguma situação. Ao adquirir a flexibilidade através da reestruturação cognitiva o paciente assim como qualquer outra pessoa estará apta a ser exagerado e emocional para as coisas boas e ponderado e racional para as coisas ruins.

• Não se pode esquecer que o tratamento do bipolar é de longo prazo e grande expectativa em relação a uma rápida melhora pode trazer frustrações.

• DR. DIOGO LARA (2004), ESPECIALISTA EM T.B. SALIENTA QUE o paciente portador deste distúrbio demora até perceber que algo está errado por considerar o humor eufórico normal e positivo. Portanto, é muito mais fácil a pessoa que convive com o paciente perceber que algo anormal está acontecendo - as queixas iniciam-se pelas reclamações dos familiares que encontram dificuldades para se relacionar com a pessoa doente - j á que se trata de temperamento forte, intenso, energético, festivo, aventureiro e a alteração para humor depressivo de uma hora para outra. Por isso a definição "bipolar", porque expressa os dois pólos de humor que se alternam de depressão a mania. Como a bipolaridade pode alterar o ritmo da vida do indivíduo é necessário acompanhamento com psiquiatra para a medicação assim como psicoterapia para torna-lo mais funcional no seu dia-a-dia. 




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DEPRESSÃO: O MAL DO SÉCULO


• Atualmente estamos vivendo em uma época de grandes mudanças. Mudanças essas que exigem do ser humano, a cada dia que passa, maior tolerância em superar frustrações. Pessoas com dificuldades de lidar com frustrações têm maior probabilidade de desenvolverem episódios depressivos. Pois estes acabam criando altas expectativas e estabelecendo metas irrealistas com o objetivo de acompanhar os valores determinados pela sociedade.

• Os cognitivistas afirmam que a depressão ocorre quando estamos tentando viver de acordo com o que pensamos que devemos ser e não com o que podemos ser. Pessoas que pensam dessa forma evitam até mesmo em procurar ajuda de especialistas para enfrentar momentos de crises. Muitas pessoas se envergonham por estarem depressivos, se considerando fracos. A depressão é um problema comum vivenciado por um grande percentual de pessoas. Inclusive, na opinião de alguns pesquisadores, estamos convivendo com uma epidemia internacional de depressão.

• Portanto todos poderiam se conscientizar disso e entender que, assim como procuram ajuda de um médico quando percebem sintomas físicos que podem indicar pneumonia, por exemplo, também podem procurar ajuda de psicólogos e psiquiatras quando percebem sintomas de depressão, ansiedade ou qualquer outro problema psicológico.

• A depressão apresenta diversos sintomas: fadiga, alteração do humor, baixa auto-estima, culpa, raiva, irritabilidade, distúrbio do sono, desinteresse sexual, aumento ou diminuição do apetite, isolamento, autocrítica exagerada, desesperança, pensamentos ou tentativas suicidas, desmotivação para realizar atividades diárias que são dominadas pela protelação, entre outros. Os pensamentos negativos tomam conta da mente dessas pessoas que acabam orientando seus comportamentos.

• O fundador da terapia cognitiva Aaron Beck orienta as pessoas a se conscientizarem de sua forma de pensar sobre si mesmo, o mundo e o futuro. Pessoas que estão depressivas pensam diferentes de pessoas que não estão depressivas. Portanto, não é a situação em si que leva a uma emoção, mas sim a interpretação que damos a essa situação que leva a emoção e a um comportamento. São nossos pensamentos que determinam o que sentimos e quais serão nossos comportamentos em seguida.

• Pensar adequadamente para vencer a depressão não significa necessariamente trocar os pensamentos negativos por outros positivos, mas sim mudar para pensamentos lógicos e realistas. Se um indivíduo aprende a identificar seus pensamentos, desafiá-los e torná-los lógicos, suas emoções serão menos intensas, mais controláveis e realistas, tendo como resultado comportamentos mais eficientes ao lidar com os problemas.

• Ao se sentir depressiva, a pessoa costuma ter avaliações negativas sobre si mesma, estabelece metas altas e difíceis de serem alcançadas, trazendo então, uma sensação de fracasso, de inadequação e sentimento de inferioridade em relação às outras pessoas.

• O estado depressivo faz a pessoa se concentrar nas suas falhas, ignorar seus pontos positivos, e interpretar incorretamente as experiências do passado e do presente. O indivíduo acaba se concentrando em fatos que comprovam seus sentimentos de derrota, ficando exageradamente sensível a críticas e à rejeição. Além disso, espera com maior probabilidade que experiências desagradáveis venham a acontecer no futuro, passando a sofrer antecipadamente por algo que ainda não acorreu, gerando ansiedade e desesperança.

• Portanto, para vencer a depressão precisamos nos conscientizar mais sobre a relação entre pensamentos, emoções e comportamentos. Não esquecendo que para isso é necessário o acompanhamento de um profissional especializado. Identificar, desafiar e modificar pensamentos e crenças parece simples, mas não é. Falsos pensamentos positivos podem ser tão prejudiciais quanto os negativos. Pois eles podem criar expectativas ilusórias que poderão conduzir o indivíduo a emoções de fracasso e desamparo, caso os resultados não sejam os esperados.

• Um terapeuta cognitivo especializado ensina o paciente a ser seu próprio terapeuta e seguir adequadamente o modelo cognitivo de acordo com o problema apresentado, além de trabalhar em conjunto com o médico que acompanha o caso e prescreve a medicação adequada. Sempre lembrando que a depressão, se não for tratada, pode ser tão prejudicial quanto qualquer outra doença orgânica. Assim como algumas doenças são fatais, a depressão também pode levar um indivíduo à morte através do suicídio.



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DROGAS, ABSTINENCIA E RECAIDAS


Nos últimos anos, a visão de que os dependentes químicos sofrem de uma doença que limitava seu controle sobre suas próprias ações, vem sendo substituído pela visão de autocontrole. Ou seja, uma visão que coloca em evidência a contribuição do indivíduo através de seus pensamentos e ações na sua dependência de drogas.

• O objetivo dos profissionais é livrar os indivíduos da dependência. Para alcançar este objetivo a maioria desses profissionais sugere, primeiramente um período imediato de desintoxicação, ambulatorial ou hospitalar. Esta primeira fase do tratamento, apesar de sofrida, não é a mais difícil. A dificuldade está em evitar as recaídas e reativar a vida social desses dependentes sem o uso da droga. Esse é o grande desafio enfrentado por nós profissionais da saúde.

• Os cognitivistas afirmam que a manutenção duradoura da abstinência em dependentes químicos pode estar relacionada à forma que o individuo interpreta a si mesmo, o mundo e o futuro. Se suas crenças forem negativas e o indivíduo vulnerável a estressores, a probabilidade da adicção de drogas aumenta, principalmente se a pessoa tem expectativas positivas acerca dos efeitos da substância. E realmente, a literatura nos mostra que os estados emocionais negativos como a ansiedade, frustrações, raiva ou depressão responde por 35% de todas as recaídas. Os conflitos interpessoais respondem por 16%, e a pressão social 20%.

• Se o individuo está comprometido com a abstinência, um único lapso é percebido por ele como um fracasso. Este fracasso o levará a sentimentos de culpa. Se ele culpa a si mesmo pelo lapso, isso aumentará ainda mais o senso de fracasso que o levará a uma posição de impotência, acontecendo então, a violação da abstinência.

• Portanto, identificar os sinalizadores que levam o individuo a experimentar drogas é de fundamental importância. Deve-se ficar atento a situações que ele sente-se incapaz de lidar. Isso pode levá-lo ao consumo da droga como uma estratégia compensatória, ou seja, utiliza a droga como uma forma de minimizar seu sofrimento diante de situações perturbadoras.

• Essa é uma das conclusões que os cognitivistas chegaram depois de estudar diversos casos com dependentes químicos. A partir daí começaram a desenvolver técnicas para um resultado mais eficaz. Técnicas essas utilizadas hoje, por especialistas em terapia cognitiva. O objetivo da terapia cognitiva consiste, em ensinar habilidades efetivas de solução de problemas e estratégias de enfrentamento para lidar com a adicção, assim como alterar, sempre que possível, a predisposição subjacente para usar drogas ou engajar-se em outro comportamento mal-adaptativo.

• Resumidamente, a depressão, a ansiedade e a raiva são emoções negativas que podem agir como acionadores, e a terapia cognitiva oferece métodos eficazes para seu manejo. Essa terapia trabalha inicialmente com os fatores ambientais e psicológicos específicos dos sinalizadores e cognições, e depois, move-se para os aspectos mais gerais das crenças e papéis, que supostamente são significativos na manutenção do abuso de drogas.




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MANIAS:NORMAL OU PATOLOGICO?


Nos últimos anos os profissionais da saúde e também a mídia estão mais envolvidos e preocupados com o "todo" (mente e corpo) do ser humano. E com isso, muitas informações técnicas, que ficavam nas prateleiras das bibliotecas, nas livrarias e na mente dos profissionais de cada área, estão sendo reescritas e traduzidas de forma mais acessível ao entendimento da população em geral. O que tem contribuído demasiadamente pela procura por profissionais da saúde mental, mas também deixando muitas dúvidas entre o que é o normal e o patológico. É gratificante saber que a cada dia as pessoas estão se dando conta que os problemas emocionais não são coisas de outro mundo, mas sim como qualquer outra doença orgânica são identificáveis, têm uma causa e tratamento.

• O transtorno obsessivo compulsivo, por exemplo, está cada vez mais em evidência para a procura de ajuda externa, pois leva o indivíduo a um intenso sofrimento se não for tratado. O que é o transtorno obsessivo compulsivo? Ele é caracterizado pela presença de obsessões - pensamentos, idéias ou imagens recorrentes e desagradáveis que invadem a mente da pessoa causando uma intensa ansiedade. Quando o indivíduo é tomado por essa ansiedade ele tenta reduzi-la através das compulsões que popularmente chamamos de manias ou rituais. As compulsões são comportamentos, ações ou atitudes repetitivas que a pessoa adota para aliviar seu sofrimento e reduzir o sentimento que acompanha os pensamentos desagradáveis, intrusivos, indesejáveis e repetitivos. E quanto mais tenta deter esses pensamentos mais ela os tem. Esses pensamentos normalmente estão relacionados ao medo de que algo terrível vai acontecer se ela não tentar neutralizá-los fazendo alguns rituais. As obsessões mais comuns são: de conteúdo sexual (pensamentos obscenos, imagens pornográficas recorrentes, impulsos incestuosos), de agressão (preocupação em ferir os outros ou a si mesmo), de contaminação (preocupação com sujeira, germes, vírus ou bactérias), de armazenagem (colecionar coisas), de caráter religioso (pensamentos de escrupulosidade, blasfêmias, pecado), de simetria (organização de objetos, roupas), somática (preocupação excessiva com doenças) e de dúvidas (preocupação com o fato de não confiar em si, questionar-se se fez algo certo ou errado - fechei as portas?, desliguei o ferro?). A partir desses pensamentos, as pessoas desenvolvem os rituais ou manias para tentar evitar o pior. Alguns acabam então, lavando excessivamente as mãos, tomando banhos intermináveis, limpando a casa várias vezes no dia, fazendo organizações exageradas, guardando coisas sem utilidades, evitando contato com objetos com medo de que estejam contaminados. Outros acabam conferindo inúmeras vezes as janelas, portas, fogões, torneiras. Outros ainda fazem rituais de contagem, entulham jornais, ligam e desligam o interruptor de luz, entram e saem pela mesma porta. Enfim são inúmeras os rituais por eles executados. Se esses rituais não forem cumpridos o portador do transtorno obsessivo compulsivo fica cada vez mais ansioso, e quanto mais ansioso se sente, maior é a urgência de fazer alguma coisa que impeça a tragédia.

• Quando esses rituais são realizados a ansiedade passa por um pequeno período de tempo. Porém, logo os mesmos pensamentos tornam a incomodar o individuo trazendo novamente a ansiedade, fazendo-o começar tudo de novo.

• Como posso saber se tenho Transtorno Obsessivo Compulsivo? De acordo com Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro Mentes & Manias (2004), o TOC possui algumas características essenciais que podem indicar a presença da patologia diferenciando da mania "normal" que todos nós temos. Essas características são: a longa duração em banhos, mãos avermelhadas e pele descamativa, cabelos sempre molhados, gasto exagerado de sabonetes, xampus, produtos de limpeza e papel higiênico, demora em se vestir, atrasos constantes, repetições de algumas perguntas aparentemente sem sentidos, lentidão na execução de tarefas cotidianas, alteração no rendimento escolar, profissional, social e afetivo, conferência constante de gás, portas, janelas, luzes, bicos de fogão, interesse exagerado por determinadas doenças e tempo demais gasto com a limpeza da casa, entre outros. Os obsessivos com freqüência levam vidas chatas, tediosas e insatisfatórias, sofrendo de depressão e também podem freqüentemente se queixar de dores na cabeça, dores lombares e úlcera.

• É importante salientar que muitos escondem essas características por acharem ridículas, ficam envergonhadas e acabam se isolando do mundo. Mas a conscientização dos problemas é um grande passo para a mudança e melhora do distúrbio. É interessante a família ficar atenta e oferecer ajuda caso seja necessário, pois o portador deste transtorno sofre demais e gasta muita energia perdendo tempo no seu dia-a-dia já que os rituais podem levar horas para serem realizados.

• O TOC tem tratamento e é controlável. A procura de um terapeuta cognitivo e de um psiquiatra é de fundamental importância para a cessação dos pensamentos e rituais recorrentes. O tratamento cognitivo focaliza-se na redução do comportamento de evitação e aumento na exposição a situações e pensamentos problemáticos, sobre a modificação de atitudes relativas as responsabilidades, sobre a modificação da avaliação dos pensamentos intrusivos, sobre a prevenção da neutralização e sobre o aumento da exposição às responsabilidades, assim como a cessação da busca de reasseguramento (verificação das coisas). A terapia cognitiva aplica técnicas voltadas mais especificamente à mudança dos pensamentos e crenças que estão envolvidos de forma mais direta na produção do sofrimento nos pacientes obsessivos.



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O CONTROLE DA VIOLENCIA COMEÇA EM CASA

Basta ligar a televisão, assistir a um filme, acessar a internet e comprar um videogame para as crianças e adolescentes de hoje ficarem expostos a uma gama surpreendente de cenas de violências. Pesquisas mostram com clareza que passar horas fantasiando e representando algum tipo de violência só serve para instigar ira e estimular o comportamento violento.

• Mas não é só a mídia a responsável pela existência de adolescentes e crianças raivosas a ponto de cometerem algum ato violento. Muitos estudos comprovam que comportamentos violentos têm origem na estrutura familiar. A educação é um fator fundamental no controle da agressividade. A criança aprende observando os pais como se comportar e resolver problemas. Se os pais resolvem seus conflitos com os filhos agredindo, batendo ou espancando, é assim que eles se comportarão no futuro. Crianças agredidas se tornam agressoras. Os pais querendo educar seus filhos mostrando o que é certo ou errado acabam ensinando que o único meio de resolver problemas é através da violência.

• Esta forma de educação também acaba fazendo com que as crianças percam a confiança nos adultos, pois acaba passando a elas uma mensagem contraditória além de não oferecer alternativas à violência. As crianças ficam confusas, pois os adultos exigem delas um padrão de comportamento quando os próprios fazem ao contrário. Um exemplo é o pai bater no filho porque brigou e agrediu seu colega na escola. Qual a conclusão mais provável que a criança pode chegar? "Se bater nos outros é errado, porque meu pai faz o mesmo comigo?".

• Os pais são responsáveis pelo que vão passar aos seus filhos. Até mesmo um tapa fraco a criança pode interpretar como um gesto de desprezo e humilhação. Alguns pais deixam um grande vazio na vida de seus filhos, e essa lacuna pode ser preenchida por amigos tão revoltados quanto eles.

• Diante dessa realidade, como podemos fazer com que nossos filhos se preocupem com o que é certo e errado, com o próprio bem e com o bem dos outros sem usar a agressividade como um meio?

• O melhor seria os pais trabalharem sob a orientação de um terapeuta competente ou buscar o máximo de informações possíveis. Crianças propensas à agressividade e violência sentem-se bastante desligados dos pais. O primeiro passo seria a aproximação dos filhos através de muito diálogo e escuta.

• Desde muito pequenas as crianças devem começar a aprender a resolver seus conflitos. O papel dos pais é incentivar esse comportamento. Como? Um exemplo seria: se o filho está discutindo com o irmão ou amiguinho, o adulto deveria tentar não interferir. As crianças quando precisam de ajuda, elas pedem. Quando o adulto se envolve nos pequenos problemas que as crianças têm umas com as outras estão impedindo que elas aprendam a se reconciliar sozinhas. Se o adulto perceber que elas poderão se machucar, poderá interferir de uma forma que ajude a criança que está com raiva a relaxar e se acalmar. Essa não é a hora de encontrar quem é o culpado da briga e muito menos intervir com gritaria. A situação já está tensa e tudo o que a criança precisa é alguém que a ensine a relaxar. Quando há palavrões nas brigas o papel do adulto é explicar o significado deles e o motivo pelo que os outros não gostam de ouvir, mas nunca calar a boca da criança com um tapa. O que as crianças precisam é aprender a identificar e a lidar com seus sentimentos e o que suas ações podem causar no outro.

• Esses são pequenos exemplos de agir e ajudar as crianças a controlar sua raiva e agressividade contribuindo assim para um futuro mais tranqüilo. Interessante também seria se os pais instalassem o computador da família, a televisão e o DVD (vídeo) numa área comum, pois assim o adolescente evitará acessar sites ou assistir filmes ou cenas prejudiciais à sua educação. É claro que todos os jovens precisam de privacidade, mas não passar todo seu tempo livre fechado no quarto.

• O adulto que costuma bater nas crianças deve refletir sobre o que faz, e compreender porque perde o controle. Nenhum adulto tem o direito de se descontrolar a ponto de justificar uma agressão. Profissionais afirmam que quem aprende a lidar com seus próprios impulsos agressivos não precisa bater no outro para impor limites. Não é vergonha para um adulto admitir sua falta de controle e procurar ajuda, pelo contrario, é um ato de coragem e amor pelo próximo.

• Tudo o que nossos filhos precisam é sentir que são respeitados mesmo com a presença da raiva e da agressividade em seus conflitos. Porém, isso não pode ser confundido com falta de limite. É fundamental que os pais expliquem a seus filhos a reação das outras pessoas em função de suas ações agressivas, assim como ensiná-las a encontrar outras alternativas para a resolução de seus conflitos sem haver violência.

• É importante que os pais fiquem atentos às mudanças de comportamentos de seus filhos. Procurem ajuda de um terapeuta caso perceba que seu filho esteja com dificuldade nos relacionamentos, notas baixas na escola, depressão, desistência de atividades com amigos, perda apetite, insônia, isolamento, grupo de amigos desconhecidos dos pais, fascínio por armas de fogo ou outros meios de destruições, entre outras atitudes que os preocupem.

• São através de pequenos gestos que nós podemos contribuir para um mundo melhor.




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CASAMENTO EM CRISE

Se pararmos um pouco com nossas atividades do cotidiano e observarmos a nossa volta, vamos nos deparar com um grande percentual de separação entre casais. Se conversarmos com algumas dessas pessoas observaremos seus sentimentos de desilusões e frustrações que ocorreram em seu relacionamento conjugal. E muitas vezes ouvimos: "Onde este mundo vai parar? O que está acontecendo com aquele amor que transformava os relacionamentos em casamentos duradouros antigamente e nos pouquíssimos que hoje se mantêm?".

• Para responder estas e outras perguntas pode-se encontrar nos estudos, nas pesquisas, e nas experiências profissionais fatos que comprovam que os indivíduos mantêm alguma esperança com relação às necessidades que serão atendidas pelos cônjuges. Percebe-se que a maioria tem expectativas altas e irreais sobre o que espera do companheiro. Estas crenças disfuncionais, infelizmente, são reforçadas quando assistimos a novelas, a filmes românticos, a propagandas, quando ouvimos histórias ou vemos fotos de uma família perfeita e feliz. Quando nos deparamos com imagens como essas, nos espelhamos em certos personagens e imaginamos que a perfeição existe, uma perfeição que na realidade é inalcançável. Uma história como a Bela Adormecia, por exemplo, termina com "e viveram felizes para sempre", deixando a ilusão de que não existem conflitos entre pessoas que se amam. Então após algumas discordâncias, discussões e brigas o casal chega à conclusão de que estão infelizes e precisam procurar a felicidade em outro lugar ou com outra pessoa. Pensamentos distorcidos como "uma pequena mudança não é suficiente. Temos de mudar muito. A solução precisa ser perfeita. O outro precisa me fazer feliz. Se estamos brigando é porque nos odiamos", entre muitos outros pensamentos comuns no dia-a-dia do casal, se transformam em crenças disfuncionais que colaboram e influenciam para uma decisão precipitada a cerca do casamento, provocando a separação, antes mesmo de conhecer a realidade de um relacionamento conjugal. Existem pessoas que passam sua vida inteira à procura de uma realização pessoal baseadas em uma crença distorcida da realidade. Correm atrás de uma perfeição que não existe.

• Precisamos ficar atentos a certas armadilhas que levam uma vida conjugal a se transformar em conflitos. Se quisermos melhorar o relacionamento precisamos nos concentrar na realidade. Identificar, em colaboração com um terapeuta cognitivo, pensamentos distorcidos e disfuncionais, desafiá-los e modificá-los. Um terapeuta especializado está preparado para ajudar essas pessoas. Antes de tomar uma decisão sobre uma separação é de extrema importância esta verificação e correção de pensamentos distorcidos que podem levar um indivíduo a experimentar sentimentos desagradáveis, mas que podem ser evitados ou reparados.



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RIVALIDADE ENTRE IRMAOS


Quando se trabalha com famílias tem-se a oportunidade de ouvir vários sentimentos serem expressos pelos seus membros. O que fica evidente nesta relação é a rivalidade que existe entre os irmãos. Esta rivalidade pode se apresentar implícita ou explicitamente. Alguns irmãos cultivam estes sentimentos de forma silenciosa enquanto que outros disfarçam. Existe ainda aquele que expressa seus sentimentos diretamente, confrontando-se com o outro. A forma como cada um lida com essa rivalidade está baseada nas diferentes personalidades existentes.

• É na adolescência que em geral a inimizade começa a criar forma e instalar-se na família. É quando os filhos começam a expressar sentimentos de inveja de um pelo outro e ciúme da relação que os pais mantêm com um deles. A rivalidade surge pela disputa pelo espaço dentro da família, pelo amor e admiração dos pais e pela busca de destaque. A inveja, o ciúme, o egoísmo e o narcisismo são elementos que acompanham toda a fase da infância e são responsáveis pela necessidade de disputa entre as crianças, o que faz parte do desenvolvimento normal delas. São estes elementos que transformam os irmãos em adversários. Dependendo da dinâmica familiar, eles podem caminhar para uma competição saudável e equilibrada ou se desenvolver para uma grande inimizade.

• As brigas entre eles começam por aquele que tem maior carga de raiva. Os resultados são agressões mútuas, verbais ou físicas, fazendo com que os pais cumpram seu papel de educador. Porém estes, na tentativa de promover harmonia e respeito, muitas vezes assumem uma postura que acabam infringindo os próprios valores. Com a intenção de eliminar as discussões acabam adotando uma política com ação de efeito contrário omitindo informações, mentindo, cometendo injustiças, acobertando, fazendo chantagens, suportando abusos, desaforos e desrespeitos.

• De acordo com NISE BRITTO (2002), autora do livro Rivalidade Fraterna, quando um filho desenvolve o hábito de usar objetos pessoais do outro, sem autorização, ele está evidentemente desconsiderando a existência do irmão e propondo um tipo de relação que deseja estabelecer com o mundo, onde ele tenha todos os direitos e nenhum dever. Uma conduta baseada na realização de seus desejos e suas necessidades. E o que pode parecer uma brincadeira para os pais, pode tornar o início de um problema no futuro. Por que? Porque depois disso, o filho continuará com a intenção de impor sua conduta a todo núcleo familiar e social. Portanto, é importante que os pais tenham consciência do que realmente estão cedendo quando deixam certos comportamentos passarem despercebidos. Eles precisam identificar dificuldades e trabalhar para superá-las na prática com os filhos no dia-a-dia. Agindo desta forma, com certeza, vão retomar a autonomia e restabelecer a ordem na família.

• Esta autora salienta ainda que o papel de filho é o primeiro papel existente adquirido pelo indivíduo. Primeiro ele existe como filho antes de ser qualquer outra coisa. Em função disso, é importante que o indivíduo se sinta reconhecido e assumido socialmente no seu papel de filho. O social precisa saber quem ele é, a que pertence, quem dá a ele cuidado e proteção fora de casa. Quando um filho é rejeitado ou possui pais imaturos, descumpridores de suas funções parentais, o social o vê como alguém que é meio largado no mundo, que não tem quem brigue por ele, por seus direitos e também para que tenha suas necessidades supridas. O que ele precisa é de reconhecimento justo, honesto, de apoio e incentivo para superar suas limitações. E isso não significa concordar com tudo o que ele diga ou pense, mas sim, educar de forma que se estabeleça uma relação madura e equilibrada entre os membros da família. Aos pais que encontram dificuldades é fundamental a procura de um profissional competente para ajudá-los nesta batalha.




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SOMOS OQUE PENSAMOS

Se estudarmos a teoria do pesquisador Martin Seligman sobre o nosso estilo explicativo em seu livro Aprenda a Ser Otimista (1992), observaremos que o mesmo defende a idéia de que a maneira como pensamos quando estamos deprimidos difere da maneira como pensamos quando não estamos deprimidos. Portanto, não é a situação que causa uma emoção, mas sim a forma como interpretamos a situação é que causa a emoção seguindo então de um comportamento.

• Quando somos crianças aprendemos com nossos pais, através da escuta e da observação, como eles interpretam e explicam os acontecimentos do cotidiano. Se eles explicam de forma pessimista as vicissitudes da vida, é assim que seus filhos vão aprender a olhar o mundo, a si mesmos e o futuro. Quando a mãe critica seus filhos pelas falhas cometidas, eles ouvem atentamente a forma e ao conteúdo que lhes é dito naquele momento. E é claro, acreditam nas críticas que recebem usando-nas para formar seu próprio estilo explicativo. Mas pesquisas também mostram que as crises vivenciadas pelas crianças também interferem no estilo explicativo aprendido.

• Segundo Seligman (1992) as pessoas com estilo explicativo permanente pensam em termos de "sempre " e " nunca ". Exemplo: Os regimes nunca • funcionam. Vocêsempre resmunga. Você nunca fala comigo ". E as pessoas otimistas pensam em termos de " às vezes " e " ultimamente ". Exemplo: "Os regimes não funcionam quando você come fora. Você resmunga quando não limpo o meu quarto. Você não tem falado comigo ultimamente ".

• Segundo este autor as pessoas que desistem com facilidade acreditam que as causas dos maus acontecimentos que ocorrem em suas vidas são permanentes e persistentes, afetando tudo o que fazem. Já os bons acontecimentos são vistos pelos pessimistas de maneira temporária. O que faz com que o individuo desista depois de um sucesso porque acredita que o sucesso foi uma causalidade, uma questão de sorte e não de seu esforço como pensa um otimista. As pessoas que pensam que venceram porque se esforçaram terão mais chance de vencer na vida. Os otimistas acreditam que as causas dos maus acontecimentos são passageiras e as causas dos bons acontecimentos são permanentes.

• Existe também o estilo explicativo de abrangência - o universal e específico. O individuo que explica seus insucessos de forma universal desistem de tudo quando ocorre um revés numa determinada área. Já o individuo com explicações específicas se sente desamparado somente naquela área afetada, enquanto que as outras áreas de sua vida continuam funcionando normalmente. Por exemplo, duas pessoas perdem o emprego. Uma delas vê essa situação em termos universais pensando: "meu desemprego mostra que sou um fracasso em tudo " - ela deixa o desemprego afetar todas as áreas de sua vida. A outra vê em termos específicos pensando: " não sou bom em contabilidade " - ela deixa que o desemprego afete somente a área profissional, mantendo as outras intactas. Portanto, para os otimistas os maus acontecimentos têm causas específicas e os bons acontecimentos causas universais. E para os pessimistas os maus acontecimentos têm causas universais e os bons acontecimentos causas específicas.

• E o ultimo estilo explicativo da teoria de Seligman é o de personalização. Segundo ele quando nos acontece coisas ruins, podemos nos culpar ou culpar o meio ou os outros. Ao invés de dizermos pra nós mesmos "sou inseguro", podemos dizer "cresci na pobreza". Quem se culpa tem auto-estima baixa, se julga sem valor, sem talento, depressivas. Quem culpa os outros (o externo) não perde a auto-estima. A personalização interna ou externa controla o que você sente sobre si mesmo. Já a abrangência e a permanência controlam o que você faz. Quem não se gosta diz que as coisas boas acontecem por causa dos outros.

• As pessoas deprimidas assumem muito mais responsabilidades do que os cabe. Nós profissionais queremos que eles mudem. Se elas continuarem acreditando de forma permanente que é estúpido, que lhe falta talento e é feio, não fará nada para mudar. Elas precisam exteriorizar sua culpa para começar a mudança em sua vida. Exteriorizar a culpa não significa deixar de assumir seus erros, ser superior, arrogante ou egoísta, mais sim, aprender várias maneiras de falar consigo mesmo quando sofrer uma derrota pessoal. Aprender a ver os insucessos de uma forma mais animadora, pois sabemos que os pessimistas desistem com facilidade e os otimistas se refazem da derrota dando a volta por cima. A diferença entre os dois é que um aprendeu a ser mais flexível que o outro.

• Resumidamente, o segredo para uma vida otimista, satisfatória e sem depressão é aprender a arte da flexibilidade, pois assim produziremos mais no trabalho, na escola, gozaremos de melhor saúde e seremos capazes de termos uma vida mais longa.



BIBLIOGRAFIA

SELIGMAN, Martin. Aprenda a Ser Otimista . Rio de Janeiro: Record, 1992


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Cleonice de Fátima de Andrade é Psicóloga Clinica Especialista - Terapia Cognitiva Comportamental


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TABAGISMO E PROBLEMAS EMOCIONAIS


À medida que se expande o conhecimento sobre os efeitos do tabagismo aumenta também a preocupação dos profissionais da saúde mental. Estudos têm demonstrado que em torno de 50 a 84% das pessoas fumantes que procuram ajuda apresentam depressão, ansiedade ou outros distúrbios emocionais. O que impressiona os pesquisadores é que apesar de toda a mortalidade causada pelo tabaco, seu consumo continua aumentando. A maioria reconhece que o cigarro faz mal à saúde, porém parece que não sabe da extensão desse prejuízo. Parece que os fumantes fixam-se no efeito prazeroso momentâneo deixando de se preocupar com os prejuízos em longo prazo. A nicotina atinge o cérebro em menos de 10 segundos e causa liberação de dopamina e endorfinas. Essas substâncias são responsáveis por sensações de prazer, melhora da concentração, do humor e redução dos sintomas de abstinência. O cigarro traz ilusoriamente a sensação de "problemas emocionais e físicos resolvidos rapidamente como em um passe de mágica". Ilusória, porque logo depois de alguns minutos toda aquela ansiedade e sensações de fissura voltam novamente pedindo por uma nova tragada. E assim se segue para o caminho da dependência.

• Portanto, deve-se evitar a primeira tragada. O tabagismo é considerado uma doença crônica e deve ser tratado como dependência química. Apenas 5% dos que tentam parar de fumar conseguem atingir esse objetivo. A maioria precisa de auxílio medico e psicológico. Muitas vezes o paciente precisa ser medicado para reposição de nicotina e redução dos sintomas físicos e psicológicos da abstinência que incluem: ansiedade, irritação, insônia, mau humor, depressão, desânimo, dificuldade de concentração, aumento do apetite, suor, dor de cabeça, distúrbios intestinais, aumento da tosse. Importante salientar que esses sintomas começam algumas horas após a última tragada, atingindo o pico em 2 a 3 dias, mas desaparecem depois de 2 a 4 semanas. Difícil enfrentar? Bastante. É muito mais fácil não começar. É um problema sério que a sociedade em geral deveria lutar contra. Infelizmente há pouca orientação dos jovens quanto aos sérios riscos. Acredita-se que isso também se deve à falta de uma lei mais rigorosa proibindo o fumo assim como a facilidade para comprar cigarros.

• Aos que já estão fumando as vantagens para passar pelo período da abstinência são muitas: melhora a capacidade física e gosto pelos alimentos, melhora o olfato e o hálito. Após 20 minutos do último cigarro a pressão arterial e os batimentos cardíacos voltam ao normal. Depois de um dia sem cigarros o risco de ataque cardíaco reduz. Em 3 dias os brônquios relaxam e aumenta a capacidade respiratória. A circulação começa a melhorar. Em 9 meses reduz-se a tosse, melhora a respiração e limpeza dos pulmões, aumentando também a capacidade física. Após 15 anos sem fumar o risco de morte por doença coronariana se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou. Em 20 anos o risco de câncer se aproxima do risco de uma pessoa que nunca fumou. Em outras palavras, há grandes razões para deixar de ser um fumante. A terapia cognitiva apresenta grande eficácia no tratamento do tabagismo, pois ensina técnicas para identificar, desafiar e modificar pensamentos automáticos negativos que levam o indivíduo ao estresse, à depressão, à ansiedade e a outros problemas emocionais que provocam a fissura pelo cigarro. Identificando e modificando também crenças permissivas como: "fumar só de vez em quando não vai causar vício. Só vou fumar um para experimentar. Se várias pessoas fumam e ainda estão de pé é porque o cigarro não é tão perigoso assim. O fumo pode me relaxar, e ajudar a passar o tempo. Quando eu fumo meu humor melhora.", que facilitam o início do processo de dependência da nicotina.



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A ERA DO ESTRESSE

Estamos vivendo em uma Era de grandes mudanças. Mudanças essas que passam a exigir de nós seres humanos esforços contínuos para podermos nos ajustar ao cotidiano moderno. Essas mudanças são, sem dúvida, necessárias e apropriadas para a evolução humana. Porém não podemos perder de vista o que essas novidades têm causado. Para uma boa adaptação as pessoas passam a se expor excessivamente a situações que podem causar conflitos, ansiedades, depressão, angústia e um desequilíbrio emocional significativo. Diante de tanta agitação, competitividade, e pressão para se ajustar ao novo, podemos dizer que estamos vivendo na Era do Estresse.

• De acordo com o médico psiquiatra Geraldo Ballone (2002), " o estresse é a resposta fisiológica e de comportamento de um indivíduo que se esforça para adaptar-se e ajustar-se a estímulos internos e externos. Como a energia necessária para esta adaptação é limitada, se houver persistência do estímulo estressor, mais cedo ou mais tarde o organismo entra em uma fase de esgotamento. Uma "dose baixa" de Estresse é normal, fisiológico e desejável. Trata-se de uma ocorrência indispensável para nossa saúde e capacidade produtiva. As características desse Estresse positivo são: aumento da vitalidade, manutenção do entusiasmo, do otimismo, da disposição física, interesse, etc. Por outro lado, o Estresse patológico e exagerado pode ter conseqüências mais danosas".

• Como o estresse patológico afeta as pessoas? Através de reações emocionais, comportamentais e fisiológicas. Portanto, fique atento aos seguintes sintomas: dificuldade de adormecer, respiração curta, dor ou pressão no peito, diarréia, náuseas, sensação de bolo na garganta, fraqueza, mal estar, sensação de que o corpo está flutuando, tonturas, dores de cabeça, indigestão, dores musculares, insônia, taquicardia, alergias, queda de cabelo, mudança do apetite, gastrite, esgotamento físico, apatia, memória fraca, tiques nervosos, isolamento, introspecção, sentimentos de perseguição, desmotivação, irritabilidade, choro excessivo por motivos pequenos, dores nas costas (ombros ou nuca) ansiedade, etc. Um conjunto desses sintomas sendo freqüentes, fortes e não explicáveis organicamente podem indicar que você está passando por um momento de estresse. Se isso estiver acontecendo não deixe de procurar ajuda, pois o estresse pode ser controlado. Um bom profissional tem técnicas especificas para problemas como esses.


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ADOTEI UMA CRIANÇA...E AGORA?


A literatura brasileira está cheia de publicações importantes, pesquisas e estudos sobre diversos assuntos. Mas infelizmente dificilmente se encontra algo para auxiliar aquelas pessoas que resolvem adotar um filho. A adoção é um tema complexo que deveria receber mais atenção por parte dos profissionais e pesquisadores.

• A adoção é um ato de amor, de coragem e deve ser um exemplo seguido por muitas pessoas. Crianças adotadas são filhos do coração e é um gesto maravilhoso. São várias as crianças necessitando do amor de uma família na nossa sociedade, e são várias as famílias tendo muito amor reservado para essas crianças.

• No entanto, percebemos que essas famílias muitas vezes se encontram cercadas de dúvidas a respeito de como proceder na educação de um filho adotivo. Será que devemos contar a verdade? E se devemos contar, qual é o melhor momento? E se contarmos será que a criança ficará traumatizada? Será que ela vai deixar de amar a gente? Será que ela vai querer conhecer os pais verdadeiros? Perguntas como essas entre inúmeras outras, devem trazer grandes preocupações e noites de insônia para esses pais, além de gerar ansiedade.

• Mas a adoção, ao contrário do que muitas pessoas pensam, dificilmente trará problemas futuros para a criança ou para os pais se esses educarem seus filhos com flexibilidade. São os pais adotivos que estão criando e vendo a criança crescer que vão, através de seu comportamento e principalmente através da forma de falar e do conteúdo que utilizam nos momentos de comunicação e imposição de limites, modelar as maneiras como a criança vai ver a si mesmo, o mundo e futuro. Os pais devem ter consciência do impacto que suas palavras causam na formação da personalidade de seus filhos. As palavras que os pais utilizam para educar seus filhos tem um grande poder na formação do estilo explicativo que a criança vai se basear para interpretar o mundo.

• E é obvio que por mais naturalidade que a família tente passar para criança, vai chegar o momento em que ela vai perguntar, assim como todas as outras crianças, de onde veio. E esse é o melhor momento para uma explicação, porque a criança não quer saber se foi adotada. Ela quer saber de onde veio. Portanto sim, acreditamos que a criança deve saber desde o início a verdade, pois dificilmente um segredo pode ser mantido por toda uma vida. E como as pessoas a sua volta sabem de sua história e não podemos colocar um esparadrapo na boca de todos, um ou outro poderá acabar dando com a língua nos dentes. As crianças normalmente costumam fazer perguntas simples e se satisfazem com respostas simples. E na medida que sua capacidade de compreensão for aumentando elas voltam a questionar suas dúvidas. Cobrir os pais de "porquês" faz parte do desenvolvimento comum de todas as crianças.

• É importante salientar que os filhos adotivos devem receber a mesma educação que os filhos naturais. Devem receber limites da mesma forma que os outros. Os pais portanto, não devem aceitar provocações ou chantagens feitas pelos filhos adotivos, pois estes podem se utilizar dessas ferramentas quando frustrados, para fazer ameaças aos pais e conseguirem o que querem. Principalmente se eles descobrem que este é o ponto fraco dos seus pais. Pais adotivos podem sim, contrariar seus filhos quando estes precisam de limites. Crianças sem limites são mal educadas. E limite também é sinal de amor. Pais equilibrados emocionalmente educam filhos também equilibrados.

• As pessoas deveriam se apoiar mais nos profissionais da saúde mental para auxiliá-los no caso de dúvidas. Ninguém é perfeito e crianças não vem com manuais de instruções. Procurar ajuda de profissionais especializados não deveria ser motivo de vergonha ou preconceito, mas sim motivo de coragem em assumir que é um ser humano que muitas vezes se sente perdido em certas situações. Essa deveria ser a nossa realidade e não o que infelizmente observamos. Embora tenha aumentado bastante a preocupação dos adultos em relação aos problemas emocionais das crianças, ainda nos deparamos com grande dificuldade em conscientizá-los de que a criança ou o adolescente assim como o adulto também pode apresentar depressão, ansiedade, desesperança e até risco de suicídio.

• Os pais deveriam ficar atentos a certos comportamentos dos filhos que eles consideram inadequados e procurar um profissional para uma avaliação, independente que seja adotado ou não. A terapia cognitiva tem oferecido um excelente trabalho de prevenção da depressão e ansiedade direcionada tanto para os pais (futuros pais), quanto para os professores ou estudantes da área de psicologia. O objetivo desses profissionais é conscientizar as pessoas dos problemas emocionais mais comuns na infância e na adolescência, além de orientar os adultos ou responsáveis de como estabelecer limites a seus filhos e ainda prepará-los para uma qualidade de vida melhor, mantendo o equilíbrio emocional dessas crianças. Pais adotivos ou não, sempre terão dúvidas em algum período do desenvolvimento do seu filho. Eles devem estar cientes de que não estão sozinhos e que existem excelentes profissionais que estudaram exatamente para auxilia-los nesses momentos.




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MULHERES BOAZINHAS NAO FAZEM SUCESSO

Atualmente estamos vivendo em uma época que homens e mulheres competem para atingir o rótulo de "bem sucedido" profissionalmente. Conseqüentemente o numero de pessoas estressadas está cada dia maior por sentirem-se sob pressão. A maioria das pessoas que procuram ajuda neste momento de estresse são mulheres desanimadas e ansiosas com suas carreiras. Elas questionam o motivo por ainda não estarem no topo mesmo depois de tantos esforços, correria, inteligência, dedicação total e competência no que fazem. A resposta a essa pergunta normalmente é automática na mente de muitas pessoas: "ainda vivemos em um mundo machista onde as prioridades serão sempre deles". Será? Por que então muitas mulheres atingiram o sucesso? O que elas fizeram para chegar lá e permanecerem no cargo importante tendo muitos homens como subordinados?

• Uma pesquisadora (Frankel, Lois, 2005) se dedicou totalmente a essa questão, entrevistando mulheres do mundo inteiro. Ela descobriu que as mulheres mesmo sendo inteligentes e capazes agem inconscientemente de forma prejudicial a sua carreira. Então garotas, o problema é nosso. O que estamos fazendo de errado? Aliás, vamos tomar cuidado com essa palavra "garota". O segredo do sucesso está exatamente nela. No mundo dos negócios você pode ser uma garota, mas nunca agir como se fosse uma e muito menos agir como homem. Em outras palavras, se mesmo depois de adulta a mulher continuar agindo como uma garotinha, lá estarão eles prontinhos para assumirem o lugar tão disputado. E porque uma mulher se comportaria como uma garota? Pense: desde criança as meninas aprendem que seu sucesso depende de algumas atitudes estereotipadas, tais como ser bem-educada, submissas, suaves, assim por diante. A sociedade reforça esse comportamento e a crença é enraizada. Então, são comuns elas crescerem e iniciarem suas carreiras agindo da mesma forma. O problema é que no mundo dos negócios essas atitudes não funcionam na maioria das vezes. Meninas boazinhas e submissas não fazem sucesso. Neste universo a pessoa precisa deixar de ser ingênua, ser objetiva e clara em relação aos seus desejos e expectativas, saber dizer "não" quando necessário, impor-se, formar a sua própria rede de relacionamentos, participar ativamente de reuniões, saber tomar decisões sozinhas em momentos de emergência sem medo de errar, nunca demonstrar insegurança e ainda não ter a necessidade de ser querida por todos o tempo todo. É óbvio que esses são apenas alguns exemplos, a lista continua. Difícil? Muito. Ser bem sucedida dá trabalho antes mesmo de iniciar a carreira. Identificar, desafiar e modificar certas crenças pode não ser fácil e se trata apenas do começo do processo. Muitas fazem a opção de continuarem a serem garotinhas porque é mais fácil principalmente quando elas têm em quem se apoiar. Isso porque é muito mais cobrado pela sociedade sermos delicadas e muitos podem achar estranho esse novos comportamentos vindo de uma mulher. Portanto, há apenas uma escolha a fazer: continuar sendo uma garotinha ou se tornar uma mulher. Uma boa terapia de reestruturação cognitiva pode ajudar a acelerar esse processo sem tantos danos emocionais. É importante entender que ser adulto não significa ser grosseiro com as pessoas, mas sim aprender habilidades sociais para atingir a flexibilidade. Portanto, no mundo feminino dos negócios, ser bem sucedida não depende apenas da competência e esforços extras é necessário ir muito além. É necessário principalmente, saber ser MULHER.



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