quinta-feira, 28 de junho de 2012

O MANEJO COM "CRIANÇAS DIFÍCEIS"

Estudos da literatura mostram que os transtornos disruptivos ou externalizantes na criança (explosões de raiva, crises de fúria, bater a cabeça na parede, morder a roupa, desafio de autoridade, etc.) em crianças e adolescentes causam mais depressão na mãe do que os problemas internalizantes (ansiedade, depressão, timidez, medos, etc.). 

E na prática clínica diária também observamos a mesma coisa. Tanto que, cerca de metade das mães de filhos que não obedecem e que não respeitam a autoridade dos pais, precisam ser medicadas por apresentarem quadros depressivos, ansiedade, níveis altos de estresse, insônia entre outros problemas. 

Curiosamente, via de regra, muitos pais entram em desespero e tentam, em vão, “entrar numa disputa pelo poder” com a criança. E obviamente, a criança ironiza a situação, ou grita descontroladamente, ou bate na mãe, ou entra número processo de autoagressão. De todo modo, a situação fica um verdadeiro pandemônio e o chão parece que some, o desespero toma conta desses pais. 

A criança precisa de limites e regras mas parece que nessa hora os pais desaprendem tudo o que sabem sobre educação de filho: é uma gritaria, uma baixaria mútua, e uma pressão para que a criança obedeça o que lhe é imposto, naquele momento penoso.

E pasmem, muitas vezes tudo isso ocorre por motivos pequenos, como por exemplo se a criança penteou o cabelo ou coisas do tipo. Os pais são os modelos que a criança copia de modo que na hora em que o tom de voz começar a subir, os pais devem se calar.

O assunto deve ser retomado em outro momento. É positivo quando um dos pais consegue se impor perante a criança. Isso é comum observarmos, por exemplo, a criança que não obedece a mãe mas que obedecer o pai ou outro parente. 


Na escola também vemos isso, muitas vezes a criança respeita um determinado professor. Isso é bom pois mostra como os fatores ambientais podem influenciar o comportamento dos pequenos. Em muitos casos, em um primeiro momento, medicamentos são necessários para que a mudança de padrão de comportamento adotada dentro de casa possa ser implementada.

Fonte: Evelyn Vinocur


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