terça-feira, 18 de outubro de 2011

CASAMENTO EM CRISE

Se pararmos um pouco com nossas atividades do cotidiano e observarmos a nossa volta, vamos nos deparar com um grande percentual de separação entre casais. Se conversarmos com algumas dessas pessoas observaremos seus sentimentos de desilusões e frustrações que ocorreram em seu relacionamento conjugal. E muitas vezes ouvimos: "Onde este mundo vai parar? O que está acontecendo com aquele amor que transformava os relacionamentos em casamentos duradouros antigamente e nos pouquíssimos que hoje se mantêm?".

• Para responder estas e outras perguntas pode-se encontrar nos estudos, nas pesquisas, e nas experiências profissionais fatos que comprovam que os indivíduos mantêm alguma esperança com relação às necessidades que serão atendidas pelos cônjuges. Percebe-se que a maioria tem expectativas altas e irreais sobre o que espera do companheiro. Estas crenças disfuncionais, infelizmente, são reforçadas quando assistimos a novelas, a filmes românticos, a propagandas, quando ouvimos histórias ou vemos fotos de uma família perfeita e feliz. Quando nos deparamos com imagens como essas, nos espelhamos em certos personagens e imaginamos que a perfeição existe, uma perfeição que na realidade é inalcançável. Uma história como a Bela Adormecia, por exemplo, termina com "e viveram felizes para sempre", deixando a ilusão de que não existem conflitos entre pessoas que se amam. Então após algumas discordâncias, discussões e brigas o casal chega à conclusão de que estão infelizes e precisam procurar a felicidade em outro lugar ou com outra pessoa. Pensamentos distorcidos como "uma pequena mudança não é suficiente. Temos de mudar muito. A solução precisa ser perfeita. O outro precisa me fazer feliz. Se estamos brigando é porque nos odiamos", entre muitos outros pensamentos comuns no dia-a-dia do casal, se transformam em crenças disfuncionais que colaboram e influenciam para uma decisão precipitada a cerca do casamento, provocando a separação, antes mesmo de conhecer a realidade de um relacionamento conjugal. Existem pessoas que passam sua vida inteira à procura de uma realização pessoal baseadas em uma crença distorcida da realidade. Correm atrás de uma perfeição que não existe.

• Precisamos ficar atentos a certas armadilhas que levam uma vida conjugal a se transformar em conflitos. Se quisermos melhorar o relacionamento precisamos nos concentrar na realidade. Identificar, em colaboração com um terapeuta cognitivo, pensamentos distorcidos e disfuncionais, desafiá-los e modificá-los. Um terapeuta especializado está preparado para ajudar essas pessoas. Antes de tomar uma decisão sobre uma separação é de extrema importância esta verificação e correção de pensamentos distorcidos que podem levar um indivíduo a experimentar sentimentos desagradáveis, mas que podem ser evitados ou reparados.



CLEONICE DE FÁTIMA DE ANDRADE
CRP: 12/04023



Cleonice de Fátima de Andrade é Psicóloga / Terapeuta Cognitiva em Joinville.
Especialista e Supervisora Clinica

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