terça-feira, 18 de outubro de 2011

MULHERES BOAZINHAS E SUBMISSAS NÃO FAZEM SUCESSO

Atualmente estamos vivendo em uma época que homens e mulheres competem para atingir o rótulo de "bem sucedido" profissionalmente. Conseqüentemente o numero de pessoas estressadas está cada dia maior por sentirem-se sob pressão. A maioria das pessoas que procuram ajuda neste momento de estresse são mulheres desanimadas e ansiosas com suas carreiras. Elas questionam o motivo por ainda não estarem no topo mesmo depois de tantos esforços, correria, inteligência, dedicação total e competência no que fazem. A resposta a essa pergunta normalmente é automática na mente de muitas pessoas: "ainda vivemos em um mundo machista onde as prioridades serão sempre deles". Será? Por que então muitas mulheres atingiram o sucesso? O que elas fizeram para chegar lá e permanecerem no cargo importante tendo muitos homens como subordinados?

• Uma pesquisadora (Frankel, Lois, 2005) se dedicou totalmente a essa questão, entrevistando mulheres do mundo inteiro. Ela descobriu que as mulheres mesmo sendo inteligentes e capazes agem inconscientemente de forma prejudicial a sua carreira. O que, nós mulheres, estamos fazendo de errado?  No mundo dos negócios você pode ser uma menina, mas nunca agir como se fosse uma e muito menos agir como homem. Em outras palavras, se mesmo depois de adulta a mulher continuar agindo como uma garotinha, lá estarão eles prontinhos para assumirem o lugar tão disputado. E porque uma mulher se comportaria como uma garota? Pense: desde criança as meninas aprendem que seu sucesso depende de algumas atitudes estereotipadas, tais como ser bem-educada, submissas, suaves, assim por diante. A sociedade reforça esse comportamento e a crença é enraizada. Portanto, é natural elas crescerem e iniciarem suas carreiras agindo da mesma forma. O problema é que no mundo dos negócios essas atitudes não funcionam na maioria das vezes. Meninas boazinhas e submissas não fazem sucesso. Neste universo a pessoa precisa deixar de ser ingênua, ser objetiva e clara em relação aos seus desejos e expectativas, saber dizer "não" quando necessário, impor-se, formar a sua própria rede de relacionamentos, participar ativamente de reuniões, saber tomar decisões sozinhas em momentos de emergência sem medo de errar, nunca demonstrar insegurança e ainda não ter a necessidade de ser querida por todos o tempo todo. É óbvio que esses são apenas alguns exemplos, a lista continua. Difícil? Muito. Ser bem sucedida dá trabalho antes mesmo de iniciar a carreira. Identificar, desafiar e modificar certas crenças pode não ser fácil e se trata apenas do começo do processo. Muitas fazem a opção de continuarem a serem garotinhas porque é mais fácil principalmente quando elas têm em quem se apoiar. Isso porque é muito mais cobrado pela sociedade sermos delicadas e muitos podem achar estranho esse novos comportamentos vindo de uma mulher. Portanto, há apenas uma escolha a fazer: continuar sendo uma garotinha ou se tornar uma mulher. Uma boa terapia de reestruturação cognitiva pode ajudar a acelerar esse processo sem tantos danos emocionais. É importante entender que ser adulto não significa ser grosseiro com as pessoas, mas sim aprender habilidades sociais para atingir a flexibilidade. Portanto, no mundo feminino dos negócios, ser bem sucedida não depende apenas da competência e esforços extras é necessário ir muito além. É necessário principalmente, saber ser MULHER.


Bibliografia: Mulheres Ousadas chegam mais longe - Lois P. Frankel (2005)


CLEONICE DE FÁTIMA DE ANDRADE
CRP: 12/04023

Cleonice de Fátima de Andrade é Psicóloga / Terapeuta Cognitiva em Joinville.
Especialista e supervisora clinica

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