segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

DEPRESSÃO: O MAL DO SÉCULO


• Atualmente estamos vivendo em uma época de grandes mudanças. Mudanças essas que exigem do ser humano, a cada dia que passa, maior tolerância em superar frustrações. Pessoas com dificuldades de lidar com frustrações têm maior probabilidade de desenvolverem episódios depressivos. Pois estes acabam criando altas expectativas e estabelecendo metas irrealistas com o objetivo de acompanhar os valores determinados pela sociedade.

• Os cognitivistas afirmam que a depressão ocorre quando estamos tentando viver de acordo com o que pensamos que devemos ser e não com o que podemos ser. Pessoas que pensam dessa forma evitam até mesmo em procurar ajuda de especialistas para enfrentar momentos de crises. Muitas pessoas se envergonham por estarem depressivos, se considerando fracos. A depressão é um problema comum vivenciado por um grande percentual de pessoas. Inclusive, na opinião de alguns pesquisadores, estamos convivendo com uma epidemia internacional de depressão.

• Portanto todos poderiam se conscientizar disso e entender que, assim como procuram ajuda de um médico quando percebem sintomas físicos que podem indicar pneumonia, por exemplo, também podem procurar ajuda de psicólogos e psiquiatras quando percebem sintomas de depressão, ansiedade ou qualquer outro problema psicológico.

• A depressão apresenta diversos sintomas: fadiga, alteração do humor, baixa auto-estima, culpa, raiva, irritabilidade, distúrbio do sono, desinteresse sexual, aumento ou diminuição do apetite, isolamento, autocrítica exagerada, desesperança, pensamentos ou tentativas suicidas, desmotivação para realizar atividades diárias que são dominadas pela protelação, entre outros. Os pensamentos negativos tomam conta da mente dessas pessoas que acabam orientando seus comportamentos.

• O fundador da terapia cognitiva Aaron Beck orienta as pessoas a se conscientizarem de sua forma de pensar sobre si mesmo, o mundo e o futuro. Pessoas que estão depressivas pensam diferentes de pessoas que não estão depressivas. Portanto, não é a situação em si que leva a uma emoção, mas sim a interpretação que damos a essa situação que leva a emoção e a um comportamento. São nossos pensamentos que determinam o que sentimos e quais serão nossos comportamentos em seguida.

• Pensar adequadamente para vencer a depressão não significa necessariamente trocar os pensamentos negativos por outros positivos, mas sim mudar para pensamentos lógicos e realistas. Se um indivíduo aprende a identificar seus pensamentos, desafiá-los e torná-los lógicos, suas emoções serão menos intensas, mais controláveis e realistas, tendo como resultado comportamentos mais eficientes ao lidar com os problemas.

• Ao se sentir depressiva, a pessoa costuma ter avaliações negativas sobre si mesma, estabelece metas altas e difíceis de serem alcançadas, trazendo então, uma sensação de fracasso, de inadequação e sentimento de inferioridade em relação às outras pessoas.

• O estado depressivo faz a pessoa se concentrar nas suas falhas, ignorar seus pontos positivos, e interpretar incorretamente as experiências do passado e do presente. O indivíduo acaba se concentrando em fatos que comprovam seus sentimentos de derrota, ficando exageradamente sensível a críticas e à rejeição. Além disso, espera com maior probabilidade que experiências desagradáveis venham a acontecer no futuro, passando a sofrer antecipadamente por algo que ainda não acorreu, gerando ansiedade e desesperança.

• Portanto, para vencer a depressão precisamos nos conscientizar mais sobre a relação entre pensamentos, emoções e comportamentos. Não esquecendo que para isso é necessário o acompanhamento de um profissional especializado. Identificar, desafiar e modificar pensamentos e crenças parece simples, mas não é. Falsos pensamentos positivos podem ser tão prejudiciais quanto os negativos. Pois eles podem criar expectativas ilusórias que poderão conduzir o indivíduo a emoções de fracasso e desamparo, caso os resultados não sejam os esperados.

• Um terapeuta cognitivo especializado ensina o paciente a ser seu próprio terapeuta e seguir adequadamente o modelo cognitivo de acordo com o problema apresentado, além de trabalhar em conjunto com o médico que acompanha o caso e prescreve a medicação adequada. Sempre lembrando que a depressão, se não for tratada, pode ser tão prejudicial quanto qualquer outra doença orgânica. Assim como algumas doenças são fatais, a depressão também pode levar um indivíduo à morte através do suicídio.



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